Se ainda houver alguma réstia de seriedade na política, o processo de (pseudo) avaliação do desempenho docente, em vigor, terá poucos dias de vida. Isto, repito, se ainda existir alguma réstia de seriedade na política.
Na verdade, não há uma única razão para que agora não se dê cumprimento cabal à intenção não concluída de revogação da ADD, votada pelo PSD, CDS, PCP, BE e PEV, há menos de três meses, no Parlamento. Se essa revogação não se concretizar a curtíssimo prazo, Passos Coelho e o novo ministro da Educação começarão do pior modo os seus mandatos.
Espero que aquilo que era verdade há dois meses não tenha passado a ser mentira hoje. Espero que aquilo a que adequadamente foi denominado de processo kafkiano não tenha passado a ser uma qualquer coisa de tolerável. Espero que as afirmações de leão de Nuno Crato não passem a ser afirmações de sendeiro de ministro. Espero não termos de concluir que a votação ocorrida no Parlamento afinal não passou de uma gigantesca e repugnante encenação. Seria mau de mais. Seria sórdido.
Está pois a aproximar-se o verdadeiro exame inicial de Passos Coelho e de Nuno Crato. E para quem tanto aprecia, como é o caso do novo ministro, as provas de exame, espero que não reprove, logo na primeira.