A propósito da idolatria dos mercados, a propósito da alegada capacidade de auto-regulação dos mercados, a propósito da suposta competência dos especialistas dos mercados:
«O Expresso foi até ao consultório do psiquiatra Jonathan Alpert, conhecido como o terapeuta de Wall Street, com o objectivo de conhecer melhor o perfil daqueles indivíduos [...]. "Estamos a falar de gente impulsiva, narcisista, que mede o sucesso pela quantidade de dinheiro, que adora o risco e tem dificuldade em gerir o equilíbrio dos vários elementos da vida (família, trabalho, lazer, etc.)", explica Alpert.O resultado é o abuso de substâncias. "A maioria, cerca de 60%, consome drogas, álcool e gasta milhares de dólares em prostitutas [...]".O ritmo do dia a dia é marcado, primeiro, por várias doses de cocaína para melhorar a performance no trabalho, depois pelo álcool e sexo à noite para ajudar a descontrair.»
Revista Única (17/9/11)
Impulsivo, narcisista, desequilibrado mental, drogado, alcoólico e obcecado por dinheiro — é este o perfil daqueles que têm nas mãos uma boa parte do sistema financeiro do mundo. São estes alguns dos principais protagonistas de um modelo económico que continua a fazer as delícias de poucos e a miséria de muitos. E que permanece intangível.