Sabemos que as próximas duas ou três semanas são fundamentais para o desenvolvimento do longo processo de oposição ao actual modelo de avaliação e ao actual Estatuto da Carreira Docente, que os professores têm levado a cabo.
Dentro deste período temporal, o primeiro momento decisivo é a greve nacional marcada para a próxima segunda-feira, dia 19 de Janeiro. Todos temos repetido esta verdade: esta greve não pode ter uma adesão inferior à realizada em Dezembro. Se isso acontecesse, constituiria o melhor presente que poderia ser oferecido à ministra da Educação e ao primeiro-ministro. Seria dizer que a incompetência, a arrogância, a mentira, as trapalhadas compensavam e que esse é o caminho que o Governo deve continuar a seguir. Seria dizer que baixamos os braços e que, afinal, as malfeitorias de Maria de Lurdes Rodrigues são aceitáveis.
Outro momento importante será a manifestação do dia 24 de Janeiro, em frente ao Palácio de Belém. O Presidente da República deve saber e deve sentir que os professores consideram que a sua actuação, no domínio da Educação, tem estado muito aquém das suas responsabilidades. Isto é, o exercício crítico que tem realizado em diversas matérias da governação não tem sido, na área da Educação, levado tão longe quanto a gravidade da situação exige. Por exemplo, a Presidência da República nunca devolveu ao Governo, com solicitação de esclarecimentos adicionais, diplomas para promulgação oriundos do Ministério da Educação. E isso já deveria ter acontecido, tendo presente a objectiva incompetência técnica e política de vários Decretos-Leis e Decretos Regulamentares produzidos pela 5 de Outubro.
Finalmente, o mais decisivo de todos os momentos: o momento da decisão da entrega ou não entrega dos objectivos individuais, por cada um dos professores. Nesse momento, cada um de nós tem de decidir se é o medo (objectivamente injustificado) ou se é o respeito por nós próprios e por um ano intenso de luta que prevalece. Temos de decidir se premiamos a política da ministra da Educação ou se preservamos a nossa Dignidade Profissional e a Dignidade das gerações futuras de professores.
Morrer na praia significaria, para o poder político, que os professores, mais cedo ou mais tarde, acabam por quebrar e não são capazes de levar as lutas até ao fim. Significaria, para o poder político, que, afinal, os professores não lutam por verdadeiras convicções e por verdadeiros princípios deontológicos.
Acredito que a grande maioria dos professores vai ter a determinação de honrar a luta que travou e a profissão que tem. Eu também estarei desse lado. Eu também não entregarei os objectivos individuais e, se houver algum colega do meu grupo disciplinar a solicitar aulas assistidas para se candidatar às classificações de muito bom e excelente, demitir-me-ei das competências de avaliador que me foram delegadas. E, estou convencido disso, vamos ser muitos milhares a proceder consciente e convictamente assim.
Dentro deste período temporal, o primeiro momento decisivo é a greve nacional marcada para a próxima segunda-feira, dia 19 de Janeiro. Todos temos repetido esta verdade: esta greve não pode ter uma adesão inferior à realizada em Dezembro. Se isso acontecesse, constituiria o melhor presente que poderia ser oferecido à ministra da Educação e ao primeiro-ministro. Seria dizer que a incompetência, a arrogância, a mentira, as trapalhadas compensavam e que esse é o caminho que o Governo deve continuar a seguir. Seria dizer que baixamos os braços e que, afinal, as malfeitorias de Maria de Lurdes Rodrigues são aceitáveis.
Outro momento importante será a manifestação do dia 24 de Janeiro, em frente ao Palácio de Belém. O Presidente da República deve saber e deve sentir que os professores consideram que a sua actuação, no domínio da Educação, tem estado muito aquém das suas responsabilidades. Isto é, o exercício crítico que tem realizado em diversas matérias da governação não tem sido, na área da Educação, levado tão longe quanto a gravidade da situação exige. Por exemplo, a Presidência da República nunca devolveu ao Governo, com solicitação de esclarecimentos adicionais, diplomas para promulgação oriundos do Ministério da Educação. E isso já deveria ter acontecido, tendo presente a objectiva incompetência técnica e política de vários Decretos-Leis e Decretos Regulamentares produzidos pela 5 de Outubro.
Finalmente, o mais decisivo de todos os momentos: o momento da decisão da entrega ou não entrega dos objectivos individuais, por cada um dos professores. Nesse momento, cada um de nós tem de decidir se é o medo (objectivamente injustificado) ou se é o respeito por nós próprios e por um ano intenso de luta que prevalece. Temos de decidir se premiamos a política da ministra da Educação ou se preservamos a nossa Dignidade Profissional e a Dignidade das gerações futuras de professores.
Morrer na praia significaria, para o poder político, que os professores, mais cedo ou mais tarde, acabam por quebrar e não são capazes de levar as lutas até ao fim. Significaria, para o poder político, que, afinal, os professores não lutam por verdadeiras convicções e por verdadeiros princípios deontológicos.
Acredito que a grande maioria dos professores vai ter a determinação de honrar a luta que travou e a profissão que tem. Eu também estarei desse lado. Eu também não entregarei os objectivos individuais e, se houver algum colega do meu grupo disciplinar a solicitar aulas assistidas para se candidatar às classificações de muito bom e excelente, demitir-me-ei das competências de avaliador que me foram delegadas. E, estou convencido disso, vamos ser muitos milhares a proceder consciente e convictamente assim.