Em 3 de Dezembro, o Governo afirmou que a adesão à greve tinha sido de 61%. Entretanto, viu-se obrigado a corrigir este resultado acrescentando-lhe mais 6 pontos percentuais. Os sindicatos anunciaram, na altura, que a adesão se situou nos 94%. Vamos admitir, agora, que, de facto, o nível de adesão não foi aquele que o Governo divulgou nem aquele que os sindicatos anunciaram. Dividamos o mal pelas aldeias, dá: 80,8%. Arredonde-se para 80%, e não se fala mais no assunto.
Ontem, 19 de Janeiro, os sindicatos anunciaram cerca de 91% e o Governo 41% de adesão à greve. Vamos acrescentar aos números do Governo a mesma correcção de 6 pontos percentuais, o que faz subir o score para 47%. Dividamos, novamente, o mal pelas aldeias, dá: 69%. Arredonde-se para 70%, e não se fala mais no assunto.
Temos, então, 80% de adesão em Dezembro e 70% de adesão em Janeiro. Como somos 140 mil, significa que 112 mil e 98 mil professores, respectivamente, fizeram greve nessas datas. Grosso modo, isto quer dizer que a primeira greve aproximou-se, em números globais, da manifestação nacional de 8 de Dezembro, e a greve de ontem equiparou-se à manifestação nacional de 8 de Março.
Ora depois de um ano em que decorreu um intensíssimo e desgastante processo de luta constituído por manifestações, greves, concentrações, vigílias, reuniões, manifestos, moções, propostas, abaixo-assinados, debates, polémicas e mais um indeterminado número de iniciativas; e depois de um ano em que, cumulativamente, foi dado cumprimento a todas as obrigações profissionais, levar a cabo uma greve nacional com uma adesão correspondente à manifestação de 8 de Março só pode ser considerado como mais uma significativa vitória dos professores e mais uma amarga derrota da ministra da Educação e do primeiro-ministro.
Apesar das ameaças, apesar das chantagens, apesar das ilegítimas pressões que o Governo tem desenvolvido nas últimas semanas, os professores voltaram a resistir, e com dignidade voltaram a dizer NÃO. Voltaram a dizer NÃO A ESTE MODELO DE AVALIAÇÃO E A ESTE ESTATUTO DA CARREIRA DOCENTE.
Não deve haver, na Europa, exemplo recente de uma luta profissional semelhante a esta, quer na duração quer na intensidade. E, é preciso relembrar, não se trata de uma luta por aumentos salariais.
Contudo, e tendo em atenção as reacções ministeriais a esta greve, vemos que a incompetência técnica e política deste Governo se mantêm, como era de esperar.
A luta dos professores também se manterá, como também era e será de esperar.
O próximo passo desta longa caminhada vai ser a manifestação em frente ao Palácio de Belém, a 24 de Janeiro, pelas 14,30h.
E, a seguir, será a NÃO ENTREGA dos objectivos individuais. Assumida, consciente e responsavelmente.
Ontem, 19 de Janeiro, os sindicatos anunciaram cerca de 91% e o Governo 41% de adesão à greve. Vamos acrescentar aos números do Governo a mesma correcção de 6 pontos percentuais, o que faz subir o score para 47%. Dividamos, novamente, o mal pelas aldeias, dá: 69%. Arredonde-se para 70%, e não se fala mais no assunto.
Temos, então, 80% de adesão em Dezembro e 70% de adesão em Janeiro. Como somos 140 mil, significa que 112 mil e 98 mil professores, respectivamente, fizeram greve nessas datas. Grosso modo, isto quer dizer que a primeira greve aproximou-se, em números globais, da manifestação nacional de 8 de Dezembro, e a greve de ontem equiparou-se à manifestação nacional de 8 de Março.
Ora depois de um ano em que decorreu um intensíssimo e desgastante processo de luta constituído por manifestações, greves, concentrações, vigílias, reuniões, manifestos, moções, propostas, abaixo-assinados, debates, polémicas e mais um indeterminado número de iniciativas; e depois de um ano em que, cumulativamente, foi dado cumprimento a todas as obrigações profissionais, levar a cabo uma greve nacional com uma adesão correspondente à manifestação de 8 de Março só pode ser considerado como mais uma significativa vitória dos professores e mais uma amarga derrota da ministra da Educação e do primeiro-ministro.
Apesar das ameaças, apesar das chantagens, apesar das ilegítimas pressões que o Governo tem desenvolvido nas últimas semanas, os professores voltaram a resistir, e com dignidade voltaram a dizer NÃO. Voltaram a dizer NÃO A ESTE MODELO DE AVALIAÇÃO E A ESTE ESTATUTO DA CARREIRA DOCENTE.
Não deve haver, na Europa, exemplo recente de uma luta profissional semelhante a esta, quer na duração quer na intensidade. E, é preciso relembrar, não se trata de uma luta por aumentos salariais.
Contudo, e tendo em atenção as reacções ministeriais a esta greve, vemos que a incompetência técnica e política deste Governo se mantêm, como era de esperar.
A luta dos professores também se manterá, como também era e será de esperar.
O próximo passo desta longa caminhada vai ser a manifestação em frente ao Palácio de Belém, a 24 de Janeiro, pelas 14,30h.
E, a seguir, será a NÃO ENTREGA dos objectivos individuais. Assumida, consciente e responsavelmente.