sábado, 10 de janeiro de 2009

Ao sábado: momento quase filosófico


Lógica: acerca da Lei da Não-Contradição
«Comecemos com uma piada clássica que se inspira na lógica aristotélica.
Um rabino está a efectuar uma audiência na sua aldeia.
Schmuel levanta-se e apresenta o seu caso, dizendo:
— Rabino, Itzak passa com as ovelhas pela minha terra todos os dias e está a destruir as minhas culturas. A terra é minha. Não é justo.
— Tens razão! — diz o rabino.
Itzak levanta-se imediatamente e declara:
— Mas, Rabino, a única possibilidade que as minhas ovelhas têm de beber água no lago é atravessando a terra dele. Sem água, morrerão. Durante séculos, todos os pastores tiveram direito de passagem pela terra que circunda o lago, por isso eu também devia ter.
E o rabino diz:
— Tens razão!
A senhora da limpeza, que ouviu tudo isto, diz para o rabino:
Mas, Rabino, não podem ter ambos razão!
E o rabino replica:
— Tens razão!
A senhora da limpeza informou o rabino de que ele violou a Lei da Não-Contradição de Aristóteles, que para um rabino não é tão mau como violar a lei que proíbe cobiçar a criada do vizinho, mas está perto. A Lei da Não-Contradição diz que nada pode ser verdadeiro e falso ao mesmo tempo.»
Thomas Cathcart e Daniel Klein, Platão e um Ornitorrinco Entram num Bar...