Afinal, parece que vamos ter novo modelo de avaliação já em Setembro. É isso que o Ministério da Educação vai deixando passar cá para fora, é isso também que as afirmações dos dirigentes sindicais, proferidas após a reunião com o novo ministro, deixam supor.
É surpreendente que isto seja verdade. Recordo-me de ter ouvido o primeiro-ministro dizer, há cerca quinze dias, que para criar um novo modelo de avaliação não chegavam três meses, que era preciso bastante mais tempo, e que por essa razão não revogava o modelo em vigor. Duas semanas depois, anuncia-se que o modelo está quase pronto e que no início do próximo ano lectivo já haverá fumo branco. Isto é, a razão (falsa e hipocritamente) aduzida para não revogar o actual modelo esfuma-se e a revogação não foi feita.
Confesso a náusea que políticos assim me provocam. A este ritmo, Passos Coelho baterá rapidamente o seu antecessor no número de falcatruas políticas. No curto espaço de um mês, tempo que leva de Governo, já se negou quatro vezes, o que dá uma média de uma negação semanal (1.ª - negou a promessa da revogação; 2.ª - negou a promessa de não cortar nos vencimentos; 3.ª - negou a promessa de não se justificar com o passado; 4.ª - negou a afirmação que proferira sobre a falta de tempo para elaborar um novo modelo de avaliação). Nada disto é aceitável, tudo isto repugna.
E a Passos Coelho juntar-se-ão agora as dezenas de deputados do PSD e do CDS que, no próximo dia 27, no Parlamento, inviabilizarão a derradeira possibilidade que tinham de acabar com a farsa nacional que está a decorrer nas escolas do país. A vergonha que este processo constitui deveria ser motivo mais do que suficiente para lhe colocar um ponto final. Mas, lamentavelmente, para Passos Coelho e para aqueles deputados, não o é.
Neste momento, o primeiro-ministro e os deputados da maioria lambuzam-se com os votos que ardilosamente obtiveram de milhares de professores, e esquecem tudo o que prometeram e afirmaram. Não merecem o nosso respeito.
É surpreendente que isto seja verdade. Recordo-me de ter ouvido o primeiro-ministro dizer, há cerca quinze dias, que para criar um novo modelo de avaliação não chegavam três meses, que era preciso bastante mais tempo, e que por essa razão não revogava o modelo em vigor. Duas semanas depois, anuncia-se que o modelo está quase pronto e que no início do próximo ano lectivo já haverá fumo branco. Isto é, a razão (falsa e hipocritamente) aduzida para não revogar o actual modelo esfuma-se e a revogação não foi feita.
Confesso a náusea que políticos assim me provocam. A este ritmo, Passos Coelho baterá rapidamente o seu antecessor no número de falcatruas políticas. No curto espaço de um mês, tempo que leva de Governo, já se negou quatro vezes, o que dá uma média de uma negação semanal (1.ª - negou a promessa da revogação; 2.ª - negou a promessa de não cortar nos vencimentos; 3.ª - negou a promessa de não se justificar com o passado; 4.ª - negou a afirmação que proferira sobre a falta de tempo para elaborar um novo modelo de avaliação). Nada disto é aceitável, tudo isto repugna.
E a Passos Coelho juntar-se-ão agora as dezenas de deputados do PSD e do CDS que, no próximo dia 27, no Parlamento, inviabilizarão a derradeira possibilidade que tinham de acabar com a farsa nacional que está a decorrer nas escolas do país. A vergonha que este processo constitui deveria ser motivo mais do que suficiente para lhe colocar um ponto final. Mas, lamentavelmente, para Passos Coelho e para aqueles deputados, não o é.
Neste momento, o primeiro-ministro e os deputados da maioria lambuzam-se com os votos que ardilosamente obtiveram de milhares de professores, e esquecem tudo o que prometeram e afirmaram. Não merecem o nosso respeito.