Atravessei as dilaceradas lâmpadas da insónia
Conheci o amargo sabor do livro cego
E os andrajosos pássaros da adolescência
Cheguei à secreta idade da ignorância
E a poeira da dança cobre os meus cabelos
Como se fosse um deus desfeito E o perfume do prodígio
Liberta-se por vezes não como uma cinza última
Mas como um sopro mais alto do que o mar
No alento do livro toco os ardentes limites
Da terra Já não sei se vivi Estou no círculo branco
Rodeado de musicais andaimes A minha voz é o corpo
Que adere à redondez profunda
Do intacto
Conheci o amargo sabor do livro cego
E os andrajosos pássaros da adolescência
Cheguei à secreta idade da ignorância
E a poeira da dança cobre os meus cabelos
Como se fosse um deus desfeito E o perfume do prodígio
Liberta-se por vezes não como uma cinza última
Mas como um sopro mais alto do que o mar
No alento do livro toco os ardentes limites
Da terra Já não sei se vivi Estou no círculo branco
Rodeado de musicais andaimes A minha voz é o corpo
Que adere à redondez profunda
Do intacto
António Ramos Rosa