O Público noticia, hoje, que no Agrupamento de Escolas D. João II, em Santarém, foi realizado um teste, em regime de voluntariado, ao novo sistema de avaliação de desempenho dos professores, durante o 3º período do ano lectivo transacto. O prof. António Pina Braz, presidente do Conselho Executivo, explicou que: «"Testámos o modelo na plenitude, desde as aulas observadas, à planificação, elaboração dos dossiers" o que levou a correcções "mais do tipo organizativo, nos documentos de recolha de informação"» e «confessou que as maiores dificuldades sentidas foi na "gestão do tempo", tendo contabilizado a necessidade de 12 horas/ano para a avaliação de cada professor». Chegou ainda à conclusão de que «há modelos de avaliação "mais objectivos, menos burocráticos e mais eficientes".»
Três breves notas:
1. Para este colega, as dificuldades encontradas foram somente no domínio organizativo. Do ponto de vista da substância do sistema, parece que não houve problema. O que é um achado! O colega António Pina Braz prestaria um serviço à nação se disponibilizasse toda documentação que utilizou no teste e explicasse o modo como concretizou a avaliação dos professores voluntários da sua escola. Se quanto à substância do sistema não há impedimentos nem sequer dificuldades, temos o problema resolvido, só precisámos de conhecer a solução.
2. O mesmo colega contabilizou 12 horas/ano gastas pelo coordenador na avaliação de cada docente. Duvido, mas suponhamos que sim, isto quer dizer que numa escola com 210 professores, como é o caso da minha, consumir-se-ão cerca de 2400 horas(!!!) neste trabalho.
3. Não consegui compreender a conclusão a que o colega António Pina Braz chegou. Diz: «há modelos de avaliação "mais objectivos, menos burocráticos e mais eficientes"» que este. O colega começa por firmar que as únicas dificuldades encontradas foram de tipo organizativo, e que até foram corrigidas, e termina a dizer que há sistemas de avaliação mais objectivos e eficientes que este?! Por muito que procure não encontro nas premissas a sustentação da conclusão. Para além da documentação, poderá o colega esclarecer, igualmente, o modo como organiza os seus raciocínios?
Ficaríamos todos a ganhar.
Três breves notas:
1. Para este colega, as dificuldades encontradas foram somente no domínio organizativo. Do ponto de vista da substância do sistema, parece que não houve problema. O que é um achado! O colega António Pina Braz prestaria um serviço à nação se disponibilizasse toda documentação que utilizou no teste e explicasse o modo como concretizou a avaliação dos professores voluntários da sua escola. Se quanto à substância do sistema não há impedimentos nem sequer dificuldades, temos o problema resolvido, só precisámos de conhecer a solução.
2. O mesmo colega contabilizou 12 horas/ano gastas pelo coordenador na avaliação de cada docente. Duvido, mas suponhamos que sim, isto quer dizer que numa escola com 210 professores, como é o caso da minha, consumir-se-ão cerca de 2400 horas(!!!) neste trabalho.
3. Não consegui compreender a conclusão a que o colega António Pina Braz chegou. Diz: «há modelos de avaliação "mais objectivos, menos burocráticos e mais eficientes"» que este. O colega começa por firmar que as únicas dificuldades encontradas foram de tipo organizativo, e que até foram corrigidas, e termina a dizer que há sistemas de avaliação mais objectivos e eficientes que este?! Por muito que procure não encontro nas premissas a sustentação da conclusão. Para além da documentação, poderá o colega esclarecer, igualmente, o modo como organiza os seus raciocínios?
Ficaríamos todos a ganhar.