segunda-feira, 22 de setembro de 2008

A coerência e a permanente clarividência da ministra da Educação e do Governo

Vejamos o que tem sido dito, a propósito do alargamento da escolaridade obrigatória até ao 12.º ano:

2005, Programa do Governo:
«Tornar obrigatória a frequência de ensino ou formação profissional para todos os jovens até aos 18 anos»

2007, Maria de Lurdes Rodrigues:
«Estamos a criar condições para que, em dois anos, os alunos permaneçam na escola até aos 18 anos, prolongando o ensino obrigatório até ao 12º ano.»

12 de Setembro de 2008, Maria de Lurdes Rodrigues:
«Se a resposta das escolas for tão boa como está a ser, provavelmente nem será necessário tornar obrigatório o 12º ano.»

12 de Setembro de 2008, José Sócrates:
«[O Dia do Diploma] é um sinal de que a conclusão do secundário é indispensável para se entrar no mercado de trabalho. Hoje é preciso saber-se muito.»

14 de Setembro de 2008, Maria de Lurdes Rodrigues:
«[Neste momento tornar obrigatório o 12º ano] seria um erro, prejudicaria as famílias, os alunos, e não se conseguiria concretizar.»

15 de Setembro de 2008, Cavaco Silva:
«É preciso mobilizar todos em torno de uma meta para o futuro, que estou convencido irá ser definida não daqui a muito tempo: 12 anos de escolaridade.»

16 de Setembro de 2008, Maria de Lurdes Rodrigues:
«Há uma convergência [entre as ideias do Presidente e do Governo]. Tanto o PSD como o PS têm como objectivo alargar a escolaridade ao nível do 12º ano.»

Fonte: Diário de Notícias.

A seguir aos ziguezagues do Governo sobre o Referendo ao Tratado de Lisboa, aos ziguezagues sobre o aeroporto de Lisboa, aos ziguezagues quanto à terceira ponte sobre o Tejo, vêm, agora, os ziguezagues sobre o alargamento da escolaridade obrigatória até ao 12º ano.
Contudo, a propaganda e o marketing continuam a dizer que este é um Governo com um rumo bem definido e pleno de determinação.