sábado, 4 de julho de 2009

Ao sábado: momento quase filosófico

Acerca do Desejo de Poder
«O filósofo alemão do século XIX, Frederich Nietzsche, proclamou arrojadamente que ia mudar drasticamente a ética cristã tradicional. Começou em pequena escala, anunciando a morte de Deus. Deus retaliou anunciando [...] a morte de Nietzsche. O que Nietzsche queria dizer com a morte de Deus era que a cultura ocidental tinha ultrapassado as explicações metafísicas do mundo, bem como a ética cristã que as acompanhava. Definiu o cristianismo como "moral de rebanho" porque ensina uma "ética antinatural" — que é mau ser uma macho alfa que domina o rebanho. Nietzsche substituiu a ética cristã por uma ética de força de afirmação da vida a que chamou o desejo de poder. O indivíduo excepcional, o Übermensch ou super-homem, está acima da moral de rebanho e merece expressar livremente a sua força natural e superioridade relativamente ao rebanho. Friedrich foi claramente um membro da escola de Tony Soprano no que diz respeito à regra de ouro. Consequentemente, Nietzsche foi culpado por tudo desde o militarismo alemão até à sauerkraut:
O problema da comida alemã é que, por muito que se coma, passada uma hora temos fome de poder.
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Acerca do Emotivismo
«Em meados do século XX, a maioria da filosofia ética era metaética. Em vez de perguntar "Que actos são bons", os filósofos perguntavam "Que significa dizer que um acto é bom"? "X é bom" significa apenas "eu gosto de x"? Em alternativa, "x é bom" expressa uma emoção que sinto quando observo x ou penso em x?" Esta última atitude, conhecida como emotivismo, encontra expressão na seguinte história:
Um homem escreveu uma carta para as finanças onde dizia: "Não consigo dormir sabendo que adulterei a declaração de impostos. Não declarei todo o imposto cobrável e enviei um cheque de 150 dólares. Se as insónias persistirem, enviarei o resto."»
Thomas Cathcart e Daniel Klein, Platão e um Ornitorrinco Entram num Bar...