O 'mistério' do Mercedes que não é de ninguém
— Um Mercedes S450, de 134 mil euros, adquirido pelo Governo, está envolto em mistério. Ninguém parece querer assumir a propriedade do luxuoso veículo —
Passos exige que Sócrates admita falhanço
Governo tem mais 1,4 mil milhões do que precisa
Corte de despesa está apenas no princípio
— Redução de gastos necessária em 2012 equivale ao valor de subsídios de férias e Natal no Estado —
— Um Mercedes S450, de 134 mil euros, adquirido pelo Governo, está envolto em mistério. Ninguém parece querer assumir a propriedade do luxuoso veículo —
Passos exige que Sócrates admita falhanço
Governo tem mais 1,4 mil milhões do que precisa
Corte de despesa está apenas no princípio
— Redução de gastos necessária em 2012 equivale ao valor de subsídios de férias e Natal no Estado —
Sol (1/10/10)
Estado encaixa 250 milhões de euros com os cortes no abono de família a 1 milhão e 383 mil crianças e jovens
Medidas chegariam para colocar o défice em 3,3 por cento
8,8% é o défice público sem receitas extraordinárias que o Governo se prepara para atingir este ano
Mercados reagem com entusiasmo muito moderado ao plano do Governo
Público (1/10/10)
«O povo tem de sofrer as crises como o Governo sofre» (Almeida Santos)
Sócrates ainda insiste em TGV e terceira travessia
Ministros apanhados de surpresa pelos cortes
Já só o BCE é que põe dinheiro em Portugal
Expresso (2/10/10)
Portugueses são quem vai apertar mais o cinto na Europa logo a seguir aos gregos
Doentes já pagam 23 por cento dos gastos de saúde
Refer pede autorização para novos empréstimos
Governo manda estudar forma de tornar operacional TGV incompleto
Público (2/10/10)
Desde há cerca de dois anos, foram crescendo as vozes que insistentemente alertavam para o desastre a que o Governo estava a conduzir o País. Desde há cerca de dois anos, essas vozes eram apelidadas de vozes do passado, alarmistas, irresponsáveis e de outros epítetos que José Sócrates alegremente dirigia a quem o contestasse. O curioso é que Sócrates — para além de desdizer, com a maior convicção que se pode imaginar, tudo o que anteriormente havia dito, também com a maior convicção que se pode imaginar — vem agora justificar o momento da tomada de decisão destas medidas com um argumento que deixa impressionado quem o ouve: «Só agora é que estou convencido». Mais curioso ainda é que Sócrates apresenta este argumento como sendo um trunfo a seu favor, como sendo uma inigualável qualidade sua. O problema é que quem paga os tardios convencimentos do sr. engenheiro, somos todos nós. Porque, agora, vamos pagar em dobro ou em triplo os seus desvarios, o seu aventureirismo, a sua irresponsabilidade e a sua falta de atempado convencimento.
Corajoso como ninguém (mais uma vez assim se definiu Sócrates) atira para cima dos mais fracos a responsabilidade de pagar a sua crise orçamental:
— em cada 10 euros de contenção, 6 são pagos por toda a população (em particular, pelos profissionais do Estado cujos vencimentos baixam entre 3,5% e 10%); 3 euros são pagos pela redução da actividade do Estado; e apenas 1 euro é pago pelas empresas, banca, detentores de maiores rendimentos e investidores.
Não quero imaginar o que seria, se Sócrates não fosse corajoso como é.
Entretanto, também ficámos a saber que os portugueses já pagam 23% dos gastos da Saúde. Contudo, quem ouvia Sócrates discursar para as câmaras de televisão ficava sempre convencido de que a Saúde, em Portugal, era universal e praticamente gratuita. Ultimamente, do que mais se ouve falar, por parte do Governo, é no fantástico Estado Social que Portugal possui, da universalidade do Serviço Nacional de Saúde e da sua tendencial gratuitidade. Mas o que estamos a saber é que, feitas as contas, a tendencial gratuitidade significa tendencial e contínuo aumento da comparticipação dos doentes nas despesas da Saúde.
Por fim, é reconfortante saber que, apesar de tudo, continuam os estudos para o TGV. Para um TGV a iniciar e a terminar a marcha no Poceirão...
Somos governados por gente ímpar.
Corajoso como ninguém (mais uma vez assim se definiu Sócrates) atira para cima dos mais fracos a responsabilidade de pagar a sua crise orçamental:
— em cada 10 euros de contenção, 6 são pagos por toda a população (em particular, pelos profissionais do Estado cujos vencimentos baixam entre 3,5% e 10%); 3 euros são pagos pela redução da actividade do Estado; e apenas 1 euro é pago pelas empresas, banca, detentores de maiores rendimentos e investidores.
Não quero imaginar o que seria, se Sócrates não fosse corajoso como é.
Entretanto, também ficámos a saber que os portugueses já pagam 23% dos gastos da Saúde. Contudo, quem ouvia Sócrates discursar para as câmaras de televisão ficava sempre convencido de que a Saúde, em Portugal, era universal e praticamente gratuita. Ultimamente, do que mais se ouve falar, por parte do Governo, é no fantástico Estado Social que Portugal possui, da universalidade do Serviço Nacional de Saúde e da sua tendencial gratuitidade. Mas o que estamos a saber é que, feitas as contas, a tendencial gratuitidade significa tendencial e contínuo aumento da comparticipação dos doentes nas despesas da Saúde.
Por fim, é reconfortante saber que, apesar de tudo, continuam os estudos para o TGV. Para um TGV a iniciar e a terminar a marcha no Poceirão...
Somos governados por gente ímpar.