Perguntado sobre os objectivos que tinha para o exercício do cargo, o recém-nomeado presidente do Conselho Científico para a Avaliação de Professores, Alexandre Ventura, respondeu: «Toda a minha acção será no sentido de introduzir serenidade e diálogo no processo, que está com bastante ruído. O modelo pode ser objecto de melhoria com o contributo de todos. Cabe-nos encontrar as melhores soluções e apresentá-las à tutela, que decidirá se as adopta.»
Observações breves:
1. A serenidade é algo que a actual equipa do Ministério da Educação nunca teve, desde que tomou posse. Todas as medidas, mesmo aquelas que foram tomadas no início do mandato e que poderiam ter tido algum efeito positivo, foram decididas e elaboradas sem o mínimo de serenidade. A pressa, o improviso e a impreparação técnica constituíram desde o princípio a característica primeira do modo de actuar da ministra da Educação e dos seus adjuntos.
2. O exercício do diálogo é inexistente, na actual responsável pela política educativa. Só ao fim de três anos é que a ministra Maria de Lurdes Rodrigues se sentou à mesa das conversações com os sindicatos, e, para isso acontecer, foi necessário saírem à rua 100 mil professores. O diálogo foi sempre substituído pela arrogância e pelo autoritário exercício do poder.
3. Quanto ao ruído no processo, eu diria, penso que com mais propriedade, que é o próprio processo criado e iniciado pelo Ministério da Educação que é ruidoso.
4. Finalmente, o problema de saber se o actual modelo de avaliação pode ser objecto de melhorias. É claro que quando o ponto de partida é péssimo ou mau, qualquer alteração, por mais pequena ou insignificante que seja, corre o risco de ser uma melhoria. Mas não é por isso que os professores lutam, não é por isso que os professores estão seriamente empenhados; os professores não querem passar do mau para o medíocre ou do mau para o menos mau. Este modelo é inaceitável. Absolutamente inaceitável. Este modelo é o paradigma da arbitrariedade e da incompetência avaliativas.
Sem serenidade, sem diálogo e com um ruído ensurdecedor, impuseram um modelo irreformulável e irreformável.
Este modelo não presta. Não tem melhoria. É um nado morto.
É necessário fazer outro.
Observações breves:
1. A serenidade é algo que a actual equipa do Ministério da Educação nunca teve, desde que tomou posse. Todas as medidas, mesmo aquelas que foram tomadas no início do mandato e que poderiam ter tido algum efeito positivo, foram decididas e elaboradas sem o mínimo de serenidade. A pressa, o improviso e a impreparação técnica constituíram desde o princípio a característica primeira do modo de actuar da ministra da Educação e dos seus adjuntos.
2. O exercício do diálogo é inexistente, na actual responsável pela política educativa. Só ao fim de três anos é que a ministra Maria de Lurdes Rodrigues se sentou à mesa das conversações com os sindicatos, e, para isso acontecer, foi necessário saírem à rua 100 mil professores. O diálogo foi sempre substituído pela arrogância e pelo autoritário exercício do poder.
3. Quanto ao ruído no processo, eu diria, penso que com mais propriedade, que é o próprio processo criado e iniciado pelo Ministério da Educação que é ruidoso.
4. Finalmente, o problema de saber se o actual modelo de avaliação pode ser objecto de melhorias. É claro que quando o ponto de partida é péssimo ou mau, qualquer alteração, por mais pequena ou insignificante que seja, corre o risco de ser uma melhoria. Mas não é por isso que os professores lutam, não é por isso que os professores estão seriamente empenhados; os professores não querem passar do mau para o medíocre ou do mau para o menos mau. Este modelo é inaceitável. Absolutamente inaceitável. Este modelo é o paradigma da arbitrariedade e da incompetência avaliativas.
Sem serenidade, sem diálogo e com um ruído ensurdecedor, impuseram um modelo irreformulável e irreformável.
Este modelo não presta. Não tem melhoria. É um nado morto.
É necessário fazer outro.