«Ainda me sinto anarquista», esta frase pertence à ministra da Educação do Governo de Portugal, Maria de Lurdes Rodrigues (MLR). Vem transcrita, hoje, no jornal Público, e foi proferida há poucos dias.
MLR conta, na entrevista, que colaborou no jornal anarco-sindicalista A Batalha e na revista anarquista Ideia. Mas conta também que aquilo que gostava mesmo de fazer era colar selos. Diz MLR: «Havia uma tarefa que me dava muita paz, que era colar selos e cintas nos jornais ou nas revistas que iam ser expedidas.»
Agora, não consigo evitar estas dúvidas:
1. Para ainda hoje se considerar anarquista, MLR terá, em algum momento, percebido o que era/é o anarquismo?
2. Ou MLR entendeu mesmo o que era/é o anarquismo e está militantemente, infiltradamente, clandestinamente, lentamente, mas certeiramente, a fazer aquilo que compete a um verdadeiro anarquista fazer: tentar destruir o Estado?
Fico preocupado porque esta possibilidade não é destituída de sentido: MLR já conseguiu destruir parte do sistema educativo, já incendiou as escolas, pôs os professores a anteciparem as suas reformas, originou que os alunos lhe atirassem ovos e tomates, desencadeou duas manifestações de mais de 100 mil docentes, provocou uma onda de greves que se inicia para a semana, faz e desfaz leis a uma velocidade nunca vista, já ninguém lhe reconhece autoridade e só arranja problemas ao Governo a que pertence. Quem poderia fazer mais, quem poderia fazer melhor em prol da desautorização de um Governo, do descrédito da Autoridade, em suma, da destruição do Estado?
MLR sabe o que faz, nós é que não sabíamos o que andava ela a fazer. MLR continua a ser militante anarquista. Está no activo e não brinca em serviço.
A estas duas dúvidas, junto, contudo, uma certeza: MLR já não cola selos. Vejo no seu olhar que não está em paz, portanto, não cola selos.
Não posso, todavia, deixar de formular um desejo, um pedido, uma prece: MLR, volte a colar selos. Por favor, volte a colar selos. Seria uma paz para si e uma imensa paz para todos nós.
MLR conta, na entrevista, que colaborou no jornal anarco-sindicalista A Batalha e na revista anarquista Ideia. Mas conta também que aquilo que gostava mesmo de fazer era colar selos. Diz MLR: «Havia uma tarefa que me dava muita paz, que era colar selos e cintas nos jornais ou nas revistas que iam ser expedidas.»
Agora, não consigo evitar estas dúvidas:
1. Para ainda hoje se considerar anarquista, MLR terá, em algum momento, percebido o que era/é o anarquismo?
2. Ou MLR entendeu mesmo o que era/é o anarquismo e está militantemente, infiltradamente, clandestinamente, lentamente, mas certeiramente, a fazer aquilo que compete a um verdadeiro anarquista fazer: tentar destruir o Estado?
Fico preocupado porque esta possibilidade não é destituída de sentido: MLR já conseguiu destruir parte do sistema educativo, já incendiou as escolas, pôs os professores a anteciparem as suas reformas, originou que os alunos lhe atirassem ovos e tomates, desencadeou duas manifestações de mais de 100 mil docentes, provocou uma onda de greves que se inicia para a semana, faz e desfaz leis a uma velocidade nunca vista, já ninguém lhe reconhece autoridade e só arranja problemas ao Governo a que pertence. Quem poderia fazer mais, quem poderia fazer melhor em prol da desautorização de um Governo, do descrédito da Autoridade, em suma, da destruição do Estado?
MLR sabe o que faz, nós é que não sabíamos o que andava ela a fazer. MLR continua a ser militante anarquista. Está no activo e não brinca em serviço.
A estas duas dúvidas, junto, contudo, uma certeza: MLR já não cola selos. Vejo no seu olhar que não está em paz, portanto, não cola selos.
Não posso, todavia, deixar de formular um desejo, um pedido, uma prece: MLR, volte a colar selos. Por favor, volte a colar selos. Seria uma paz para si e uma imensa paz para todos nós.