Segundo noticia o Público, de hoje, a Direcção Regional de Educação de Coimbra ordenou aos conselhos executivos que não cedessem instalações para reuniões de professores. Os professores do Agrupamento de Escolas do Avelar, no concelho de Ansião, tiveram de reunir no salão da corporação de bombeiros.
O desespero, o desnorte e a irresponsabilidade que, neste momento, dominam o Ministério da 5 de Outubro poderão conduzir a um gravíssimo conflito entre os professores e o Governo. Um primeiro-ministro autista, uma ministra autista e ambos com evidente falta de cultura democrática — que se orientam pelo princípio de que se os professores estão contra o Governo o defeito é dos professores, não é do Governo — constituem um perigo objectivo para qualquer país.
Quando não têm a força da razão, enveredam pela via da ameaça, da chantagem, das proibições, da mentira e do que mais lhes aprouver.
Tecnicamente, o modelo de avaliação é uma monstruosidade, não tem forma séria de ser justificado. Ele foi fruto da política do faz-de-conta de que este Governo é pródigo: com este modelo pouparia dinheiro, diria ao povo que tinha posto na ordem os docentes e, por via da dita avaliação, faria pressão sobre os professores para que estes fizessem subir, estatisticamente, o sucesso dos alunos e baixar o abandono escolar.
Era o crime perfeito que quase estava a compensar, mas houve um grosseiro erro de casting que deitou tudo a perder: foram ao mercado e, dos modelos de avaliação existentes, escolheram o mais barato, que, por acaso, era também o pior— o modelo chileno (é curioso que não tenham ido à Finlândia ou a outro país europeu copiar o modelo, àqueles países que, normalmente, servem, a este Governo, de referência para tudo e mais alguma coisa).
O modelo é tão mau, tão mau que não é sequer possível concretizá-lo e originou a borrasca que se sabe, uma borrasca de todo o tamanho.
Perante tudo isto, aos professores não resta outra alternativa que não seja dizerem: BASTA. Não resta outra alternativa que não seja dizerem que a Educação é demasiado importante para que se possa brincar com ela, que é demasiado importante para que se possa ceder à arrogância e ao autoritarismo de uma ministra.
Não hipotecamos a nossa dignidade nem a nossa profissão, quaisquer que sejam as ameaças, qualquer que seja a ministra ou o ministro da Educação e qualquer que seja a primeira ou primeiro-ministro deste país.
O desespero, o desnorte e a irresponsabilidade que, neste momento, dominam o Ministério da 5 de Outubro poderão conduzir a um gravíssimo conflito entre os professores e o Governo. Um primeiro-ministro autista, uma ministra autista e ambos com evidente falta de cultura democrática — que se orientam pelo princípio de que se os professores estão contra o Governo o defeito é dos professores, não é do Governo — constituem um perigo objectivo para qualquer país.
Quando não têm a força da razão, enveredam pela via da ameaça, da chantagem, das proibições, da mentira e do que mais lhes aprouver.
Tecnicamente, o modelo de avaliação é uma monstruosidade, não tem forma séria de ser justificado. Ele foi fruto da política do faz-de-conta de que este Governo é pródigo: com este modelo pouparia dinheiro, diria ao povo que tinha posto na ordem os docentes e, por via da dita avaliação, faria pressão sobre os professores para que estes fizessem subir, estatisticamente, o sucesso dos alunos e baixar o abandono escolar.
Era o crime perfeito que quase estava a compensar, mas houve um grosseiro erro de casting que deitou tudo a perder: foram ao mercado e, dos modelos de avaliação existentes, escolheram o mais barato, que, por acaso, era também o pior— o modelo chileno (é curioso que não tenham ido à Finlândia ou a outro país europeu copiar o modelo, àqueles países que, normalmente, servem, a este Governo, de referência para tudo e mais alguma coisa).
O modelo é tão mau, tão mau que não é sequer possível concretizá-lo e originou a borrasca que se sabe, uma borrasca de todo o tamanho.
Perante tudo isto, aos professores não resta outra alternativa que não seja dizerem: BASTA. Não resta outra alternativa que não seja dizerem que a Educação é demasiado importante para que se possa brincar com ela, que é demasiado importante para que se possa ceder à arrogância e ao autoritarismo de uma ministra.
Não hipotecamos a nossa dignidade nem a nossa profissão, quaisquer que sejam as ameaças, qualquer que seja a ministra ou o ministro da Educação e qualquer que seja a primeira ou primeiro-ministro deste país.