quarta-feira, 13 de junho de 2012

Às quartas

O SEIO DA NOITE

O seio da noite
Cantas os frutos que não conheces
Ainda as aves consagradas
Aos filhos da terra. Asas
Apodrecidas
Em tensa erosão. Cantas
O jardim onde as rosas
Vão arder o suicído
Adiado a cova na montanha a chuva
Que repousa
Na língua dos lobos. Cantas
António cantas comigo
Porque não sabemos ainda.

Casimiro de Brito