Passos Coelho não tem a noção do que pediu aos portugueses.
Passos Coelho incitou os portugueses a serem exigentes e a não serem piegas. Se os portugueses levarem a sério a exortação de Passo Coelho, isto é, se passarem a ser exigentes e deixarem de ser (supostamente) piegas, Passos Coelho deixará de ser primeiro-ministro a breve trecho. Passos Coelho parece ainda não ter percebido que é precisamente por os portugueses não serem exigentes que ele pode praticar a política que pratica e pode enganar os portugueses como engana.
Um povo exigente nunca teria elegido Passos Coelho para primeiro-ministro e muito menos permitiria que ele se mantivesse no Governo, depois de tanta promessa não cumprida, depois de tanto atropelo à verdade, depois de tanta subserviência ao domínio alemão, depois de tanta falta de preparação técnica e política para o exercício do cargo.
Na verdade, Passos Coelho deve agradecer aos deuses o facto de os portugueses não cultivarem a exigência. E ao não cultivarem a exigência acabam por ter de ouvir acusações levianas e ofensivas da sua dignidade, precisamente por parte daquele que deveria sentir a mais alta obrigação de os respeitar. Apelidar de piegas um povo que, pela incompetência de quem o tem governado, está a passar por um brutal empobrecimento, confirma que Passos Coelho não tem maturidade para ocupar o cargo que ocupa.
Na verdade, Passos Coelho deve agradecer aos deuses o facto de os portugueses não cultivarem a exigência. E ao não cultivarem a exigência acabam por ter de ouvir acusações levianas e ofensivas da sua dignidade, precisamente por parte daquele que deveria sentir a mais alta obrigação de os respeitar. Apelidar de piegas um povo que, pela incompetência de quem o tem governado, está a passar por um brutal empobrecimento, confirma que Passos Coelho não tem maturidade para ocupar o cargo que ocupa.