Ao fim de sete meses de governo PSD/CDS não se consegue descortinar o que há de substancialmente diferente em relação ao governo do PS:
1. Quer Passos Coelho quer Sócrates mentiram aos portugueses — e ambos fizeram-no com uma desfaçatez difícil de imaginar. Não cumpriram o que prometeram e agiram ao contrário do que anunciaram.
2. Sócrates inaugurou a saga dos PEC que significou o início e o desenvolvimento das políticas de austeridade e de empobrecimento do país, em particular das designadas classes média e baixa e muito especificamente dos profissionais do Estado. Com a recusa do PEC 4, por parte do Parlamento, o governo socialista caiu. Passos Coelho tomou o poder e não apenas concretizou o que constava do PEC 4 como duplicou ou triplicou a dureza das medidas de austeridade, mantendo como alvo privilegiado as mesmas classes sociais e profissionais.
3. Na maior parte das áreas da governação, Passos Coelho limita-se a retocar ou a aprofundar o que o seu antecessor deixou de mal feito. De essencial nada muda. A Educação é um particular exemplo: a avaliação do desempenho dos professores foi retocada, para ficar na mesma; a Iniciativa Novas Oportunidades (tão abertamente criticada) continua intocável no seu conteúdo e na sua forma; a revisão curricular proposta é uma amostra de revisão e feita às avessas; a recém surgida proposta de novo regime de autonomia, gestão e administração das escolas, retoca um ponto ou outro para deixar tudo na mesma (ou pior).
4. A única grande ruptura anunciada foi a ausência de tolerância de ponto na próxima terça-feira de Carnaval. Perante tão «profundo» corte com o passado, o país sorriu e continua a sorrir. Em particular as autarquias do PSD e as empresas públicas e as escolas e as universidades e os governos regionais e por aí fora...
5. Ao fim de sete meses de governo PSD/CDS fica-nos na memória o aconselhamento para os jovens emigrarem, a sugestão para os professores emigrarem, os ditos e os desditos sobre o não aumento dos impostos, os ditos e os desditos sobre a manutenção dos subsídios de Natal e de Férias, os ditos e os desditos sobre a TSU, os ditos e os desditos perante Merkel e Junker, o dito sobre a pieguice e agora o dito sobre a não tolerância carnavalesca. E pronto.
4. A única grande ruptura anunciada foi a ausência de tolerância de ponto na próxima terça-feira de Carnaval. Perante tão «profundo» corte com o passado, o país sorriu e continua a sorrir. Em particular as autarquias do PSD e as empresas públicas e as escolas e as universidades e os governos regionais e por aí fora...
5. Ao fim de sete meses de governo PSD/CDS fica-nos na memória o aconselhamento para os jovens emigrarem, a sugestão para os professores emigrarem, os ditos e os desditos sobre o não aumento dos impostos, os ditos e os desditos sobre a manutenção dos subsídios de Natal e de Férias, os ditos e os desditos sobre a TSU, os ditos e os desditos perante Merkel e Junker, o dito sobre a pieguice e agora o dito sobre a não tolerância carnavalesca. E pronto.