REMOTO SOSSEGO
Tão remoto no sossego luminoso
De uma nuvem
Em vagaroso avanço
Tão fiel tão feliz no abandono
De alvor enamorado
Paixão da lentidão iluminada
Em que é minúscula a imensidade
E o esplendor suave
Vivo estou no sono entre ociosos tesouros
E prodígios fiéis
Vivo estou sem bulício ou vozes
Num seio materno num devaneio imóvel.