UE e FMI garantem que o programa até é mais exigente que o grego e dizem que em termos de reformas estruturais é muito mais profundo
Troika diz que executivo devia ter pedido ajuda mais cedo
Declarações de Sócrates reacendem hesitações:
Ajuda a Portugal volta a suscitar dúvidas entre os principais partidos finlandeses
Desigualdade salarial agravou-se em Portugal
Público (6/5/11)
Entre os 58 países intervencionados pelo FMI:
Empréstimo a Portugal é o 3.º mais alto
Dívida portuguesa será a segunda maior da UE em 2014
Sócrates testemunha no Face Oculta
— Autorizado pelo Conselho de Estado, o 1.º-ministro foi confrontado com as prendas enviadas por Godinho —
Estado perde milhares de euros em coimas
— Ministério de Vieira da Silva alterou as leis do Trabalho, mas esqueceu-se de inscrever o valor das coimas no novo diploma —
Sol (6/5/11)
PS e PSD tentam travar redução de Câmaras
Dívidas em tribunal pagavam grandes obras
Um choque fiscal em cheio para a classe média
Trabalhadores perdem direitos em nome do emprego
Administração Pública: salários congelados até 2014
Expresso (6/5/11)
No dia seguinte ao momento lúdico em que Sócrates falou ao país para o informar sobre o Nada, enigmaticamente acompanhado por uma figura que esteve lá a fazer nada, a verdade começou, aos poucos, a saber-se. Mas, no dia seguinte, quando a verdade se começou a saber, Sócrates já não estava à frente das câmaras, tinha fugido, tinha deixado as câmaras para a figura enigmática que o tinha acompanhado. As más notícias, as notícias verdadeiras não são com Sócrates. Desde o início do seu primeiro mandato que há uma divergência de fundo, uma incompatibilidade objectiva entre Sócrates e a Verdade: os dois nunca estão juntos. E mais uma vez foi assim. E também foi assim que ficámos a saber que, ao contrário do que Sócrates afirmou, o nosso Acordo é mais exigente que o grego e ficámos a saber tudo aquilo que de muito mau constava do Acordo e que Sócrates não teve a coragem nem a hombridade de informar os seus compatriotas, como era seu dever.
O empréstimo a Portugal é o terceiro mais alto na história do FMI. Isto revela bem o estado a que Sócrates deixou chegar o país. Em 2014, seremos o segundo Estado com mais dívidas de todos os Estados que compõem a União Europeia. Isto revela bem o estado a que Sócrates deixou chegar o país. A desigualdade salarial agravou-se entre os portugueses — já era enorme, passou a ser ainda maior — nos últimos seis anos. Isto revela bem o estado a que Sócrates deixou chegar o país. Os salários dos profissionais do Estado vão ficar congelados até 2014. Se Sócrates continuar como primeiro-ministro, isto significará que em nove anos de governação socrática, ou seja, desde 2005 até 2014, os funcionários públicos terão os seus salários congelados durante quase sete anos. Isto revela bem o estado a que Sócrates deixou chegar o país.
Entretanto, o Estado perde o dinheiro das coimas, por inépcia de um ministro; os trabalhadores perdem direitos, por opção política do Governo; a classe média perde o pouco que tinha, como consequência da incompetência económica e financeira de Sócrates e Teixeira dos Santos; enfim, prosseguimos coerentemente na rota que o PS traçou para Portugal.
Até quando?