Oportuna esta crónica de Ferreira Fernandes, no Diário de Notícias, de 23 de Abril.
«A França quer ser a anfitriã do Euro 2016, mas isso já se sabe há muito. A novidade é que, há dias, o secretário de Estado dos Desportos Bernard Laporte declarou não querer a França a organizar sozinha, mas junto com a Itália. Um Euro exige estádios novos e estes são cada vez mais revolucionários e caros. Daí, a repartição das despesas: quatro estádios franceses, quatro italianos. Afinal, o mesmo que se vai passar daqui a um mês, no Euro 2008, na Suíça e na Áustria. E também no seguinte, Euro 2012, dividido entre a Polónia e a Ucrânia. Como, aliás, já se passara no Euro 2000, na Bélgica e na Holanda. Quer dizer, o governante francês quer prolongar o que todo o futebol europeu fez neste milénio: poupar. Todo?!!! Todo, vírgula, fala-se aí só da Europa forreta. Porque entre esses países tacanhos e os seus Euros transfronteiriços, houve uma Europa de mãos largas: Portugal, 2004! Ele há dias em que me sinto nababo: só a minha 2.ª Circular (dois estádios) vale metade de França.»
Portugal não só não partilhou a realização do Europeu de futebol como não construiu, apenas, oito estádios, construiu dez estádios! Esbanjou, desbaratou dinheiro. Alguns desses estádios, neste momento, estão praticamente ao abandono, como é o caso flagrante do estádio do Algarve.
Quem era o ministro da pasta que, na altura, rejubilou com o anúncio da vitória da nossa candidatura à organização do Euro 2004? José Sócrates, actual primeiro-ministro. Exactamente aquele que exibe uma desmedida arrogância e proclama permanentemente rigor e exigência para com os outros, mas nunca para consigo mesmo. É verdade que a exigência e o rigor devem fazer parte da cultura de um povo, mas quem o proclama tem de ser sempre o primeiro exemplo disso mesmo. Contudo, o actual primeiro-ministro nem no passado preencheu nem no presente preenche esse requisito.
Mas este caso foi, apenas, mais um «momento histórico» para o seu já famoso currículo de «momentos históricos».
«A França quer ser a anfitriã do Euro 2016, mas isso já se sabe há muito. A novidade é que, há dias, o secretário de Estado dos Desportos Bernard Laporte declarou não querer a França a organizar sozinha, mas junto com a Itália. Um Euro exige estádios novos e estes são cada vez mais revolucionários e caros. Daí, a repartição das despesas: quatro estádios franceses, quatro italianos. Afinal, o mesmo que se vai passar daqui a um mês, no Euro 2008, na Suíça e na Áustria. E também no seguinte, Euro 2012, dividido entre a Polónia e a Ucrânia. Como, aliás, já se passara no Euro 2000, na Bélgica e na Holanda. Quer dizer, o governante francês quer prolongar o que todo o futebol europeu fez neste milénio: poupar. Todo?!!! Todo, vírgula, fala-se aí só da Europa forreta. Porque entre esses países tacanhos e os seus Euros transfronteiriços, houve uma Europa de mãos largas: Portugal, 2004! Ele há dias em que me sinto nababo: só a minha 2.ª Circular (dois estádios) vale metade de França.»
Portugal não só não partilhou a realização do Europeu de futebol como não construiu, apenas, oito estádios, construiu dez estádios! Esbanjou, desbaratou dinheiro. Alguns desses estádios, neste momento, estão praticamente ao abandono, como é o caso flagrante do estádio do Algarve.
Quem era o ministro da pasta que, na altura, rejubilou com o anúncio da vitória da nossa candidatura à organização do Euro 2004? José Sócrates, actual primeiro-ministro. Exactamente aquele que exibe uma desmedida arrogância e proclama permanentemente rigor e exigência para com os outros, mas nunca para consigo mesmo. É verdade que a exigência e o rigor devem fazer parte da cultura de um povo, mas quem o proclama tem de ser sempre o primeiro exemplo disso mesmo. Contudo, o actual primeiro-ministro nem no passado preencheu nem no presente preenche esse requisito.
Mas este caso foi, apenas, mais um «momento histórico» para o seu já famoso currículo de «momentos históricos».