segunda-feira, 7 de março de 2011

Notas do fim-de-semana

Estado não pagou a fornecedores da Cimeira da Nato em Lisboa

Portugal com maior risco de convulsão social

[Após reunião Merkel-Sócrates] juros da dívida quase não descem
Sol (4/3/11)

Detectadas no sistema informático dos tribunais 21 falhas de segurança

Impactos num empréstimo de 150 mil euros: prestação da casa sobe até 80 euros [mensais] este ano
Público (4/3/11)

«É pacífico que Sócrates anda a enganar o país» (António Barreto) 

Oito juízes processados por trabalharem pouco

Crise não afecta miniférias

Ajudas a eurodeputados crescem €27 milhões
Expresso (5/3/11)

Governo não desiste da reorganização do ensino básico
Público (5/3/11)

Em Portugal, o Carnaval não dura três dias, em regra, dura o ano inteiro. Para se conseguir receber do Estado é um verdadeiro carnaval, que o digam os fornecedores da Cimeira da Nato: há mais de três meses sem conseguirem receber o que lhes é devido. 
A Justiça vive  em permanente carnaval: ou porque os tribunais demoram anos a julgar casos que em outros países se resolvem em meses, ou porque o sistema informático funciona mal, ou porque os juízes trabalham pouco, ou porque o PGR e o presidente do STJ gostam de colocar as mãos na cintura em plena praça pública, ou por qualquer outra razão. 
O Ministério da Educação julga que as decisões da Assembleia da República são brincadeiras de carnaval, e decide que não tem de as respeitar, como é o caso da reprovada reorganização do ensino básico. 
Para alguns portugueses a crise continua a ser um carnaval, de preferência na neve, e se a neve for na Serra Nevada, ou em Andorra, ou nos Pirinéus, ou, melhor ainda, nos Alpes, a preferência redobra e o carnaval fica ainda mais interessante. 
E como vivemos em contínuo carnaval, já ninguém leva a mal termos um primeiro-ministro que, há anos, engana o país. É carnavalesco e gostamos.
Portanto, desde o carnaval que é a avaliação dos professores até ao carnaval em que se encontram as nossas finanças, o carnaval português não dá descanso aos foliões. Os sambistas são muitos e o verdadeiro sambódromo já não é no Rio de Janeiro,  não, é mesmo aqui.