Neste momento, Portugal não é um País, é uma caricatura de País, mas é uma caricatura rasca, uma caricatura feita sem engenho nem arte. Uma caricatura desprezível, que horroriza quem olha para ela.
Neste momento, somos um País que tem um Presidente da República, primeira figura do Estado, sem credibilidade, que se envolveu numa inacreditável e rocambolesca história de escutas/espionagem e que, de seguida, se cobriu de ridículo com uma infantil comunicação ao país a explicar o que não tinha explicação. Mostrou um nível de irresponsabilidade que, em nenhuma circunstância, um chefe de Estado pode revelar.
Neste momento, somos um País que tem um Presidente da Assembleia da República, segunda figura do Estado, que é capaz de tecer, em cerimónia pública, os mais rasgados elogios a quem há algum tempo tinha apelidado de Bokassa português. Sem pudor nem dignidade, não só irresponsavelmente se desdisse como mostrou não ter o mínimo de rebuço em enaltecer uma das personagens que, em Portugal, mais desprestigia a política e os políticos: o presidente do Governo Regional da Madeira.
Neste momento, somos um País que tem um primeiro-ministro, terceira figura do Estado, permanentemente envolvido em histórias mal contadas, em investigações, em suspeições e em mil e uma trapalhadas, que vão do «chico-espertismo» às suspeitas de corrupção ou tráfico de influências. Que exemplo ao País pode dar este primeiro-ministro? Que confiança ao País pode ele transmitir? Que credibilidade pode ele ter junto dos seus concidadãos?
Neste momento, somos um País que tem um presidente do Supremo Tribunal de Justiça e um Procurador-Geral da República a serem protagonistas de inimagináveis comportamentos e declarações públicas. Duas altas figuras da hierarquia do Estado discutem através dos órgãos de comunicação social e prestam informações, acerca de assuntos da maior importância e gravidade, com a mais inconcebível ligeireza. A isto junta-se o espectáculo de ouvirmos dezenas de interpretações díspares, feitas por pretensos especialistas, acerca de uma lei que todos eles afirmam ser objectiva, clara e não susceptível de interpretações. A Justiça portuguesa é uma vergonha inenarrável.
Neste momento, temos mais um partido político, o PSD, que decidiu juntar-se ao pântano político em que o PS há muito lavra. Como as baratas tontas, que não sabem que fazer nem por onde ir, dizem hoje uma coisa, para dias depois dizerem o seu contrário. Num dia, proclamam, em voz sonante e em postura decidida, a defesa da suspensão do actual modelo de avaliação docente; decorrida uma semana, sem aparente remorso nem vergonha, afirmam que já não faz sentido essa mesma suspensão. Irresponsáveis, medíocres ou mentirosos não sei qual dos qualificativos melhor se aplica a quem assim se comporta na política.
Olho para o País onde nasci e só posso sentir uma enorme repugnância pelo que vejo.
Neste momento, somos um País que tem um Presidente da República, primeira figura do Estado, sem credibilidade, que se envolveu numa inacreditável e rocambolesca história de escutas/espionagem e que, de seguida, se cobriu de ridículo com uma infantil comunicação ao país a explicar o que não tinha explicação. Mostrou um nível de irresponsabilidade que, em nenhuma circunstância, um chefe de Estado pode revelar.
Neste momento, somos um País que tem um Presidente da Assembleia da República, segunda figura do Estado, que é capaz de tecer, em cerimónia pública, os mais rasgados elogios a quem há algum tempo tinha apelidado de Bokassa português. Sem pudor nem dignidade, não só irresponsavelmente se desdisse como mostrou não ter o mínimo de rebuço em enaltecer uma das personagens que, em Portugal, mais desprestigia a política e os políticos: o presidente do Governo Regional da Madeira.
Neste momento, somos um País que tem um primeiro-ministro, terceira figura do Estado, permanentemente envolvido em histórias mal contadas, em investigações, em suspeições e em mil e uma trapalhadas, que vão do «chico-espertismo» às suspeitas de corrupção ou tráfico de influências. Que exemplo ao País pode dar este primeiro-ministro? Que confiança ao País pode ele transmitir? Que credibilidade pode ele ter junto dos seus concidadãos?
Neste momento, somos um País que tem um presidente do Supremo Tribunal de Justiça e um Procurador-Geral da República a serem protagonistas de inimagináveis comportamentos e declarações públicas. Duas altas figuras da hierarquia do Estado discutem através dos órgãos de comunicação social e prestam informações, acerca de assuntos da maior importância e gravidade, com a mais inconcebível ligeireza. A isto junta-se o espectáculo de ouvirmos dezenas de interpretações díspares, feitas por pretensos especialistas, acerca de uma lei que todos eles afirmam ser objectiva, clara e não susceptível de interpretações. A Justiça portuguesa é uma vergonha inenarrável.
Neste momento, temos mais um partido político, o PSD, que decidiu juntar-se ao pântano político em que o PS há muito lavra. Como as baratas tontas, que não sabem que fazer nem por onde ir, dizem hoje uma coisa, para dias depois dizerem o seu contrário. Num dia, proclamam, em voz sonante e em postura decidida, a defesa da suspensão do actual modelo de avaliação docente; decorrida uma semana, sem aparente remorso nem vergonha, afirmam que já não faz sentido essa mesma suspensão. Irresponsáveis, medíocres ou mentirosos não sei qual dos qualificativos melhor se aplica a quem assim se comporta na política.
Olho para o País onde nasci e só posso sentir uma enorme repugnância pelo que vejo.