No domínio da Educação, este Governo partia de uma situação privilegiada: o legado de Sócrates e Rodrigues era tão mau que se tornava praticamente impossível fazer pior. Na realidade, uma certa bonomia com que têm sido recebidas algumas das primeiras medidas do novo ministro justifica-se porque, tendo presente os seis anos anteriores, ainda há quem esteja a agradecer aos deuses a mudança de equipa no Ministério da Educação. Todavia, a memória do péssimo não pode constituir razão para a presente aceitação do medíocre. Mas é isto que tem acontecido.
O que foi feito com a avaliação dos professores constituiu a primeira medida medíocre deste ministro. Um inqualificável modelo de (pseudo) avaliação deu lugar a um medíocre modelo de (pseudo) avaliação — verdadeiramente, e em rigor, ainda não deu lugar a nada, porque até agora nada de oficial foi publicado no Diário da República. O que se fez foi transformar um monstro (modelo anterior) num rato (modelo anunciado); o que se fez foi dividir para melhor reinar (ao isentar-se, na prática, os professores dos últimos escalões da avaliação); o que se fez foi proporcionar um ano de paragem (o actual) e empurrar o problema lá mais para a frente.
Dever-se-ia perguntar: com o novo modelo vai haver uma avaliação que contribua para a melhoria das praticas lectivas, de modo a que haja melhor ensino e melhores aprendizagens? Não vai, seguramente que não vai haver nada disso. Possivelmente (digo possivelmente porque ainda falta saber o que vai este ministro fazer com os designados Padrões do Desempenho...) haverá menos estupidez nos processos (pseudo) avaliativos, mas a avaliação encenada e sem a mínima credibilidade prosseguirá nas nossas escolas, como até hoje tem acontecido.
O que neste momento está a ser feito com a revisão curricular é exemplo de mais uma medida medíocre de Nuno Crato. Se uma revisão curricular para existir tem de ter fundamentos que a justifiquem, então, esta revisão não existe, é um nada absoluto. Uma amena conversa de café entre amigos, munidos de lápis e de duas folhas de papel A4, produziria com facilidade esta revisão curricular: umas contas de mercearia para redistribuir os tempos lectivos pelas disciplinas e uma grande dose de senso comum para alinhavar meia dúzia de banalidades.
Duas medidas estruturais que era urgente serem tomadas acabaram por redundar em duas medidas medíocres. Avulsamente, foram sendo tomadas outras medidas, umas más, outras assim-assim, outras acertadas, mas tudo embrulhado em muito amadorismo e falta de preparação — um exemplo para cada caso, respectivamente: aumento do número de alunos por turma; fim dos prémios financeiros aos melhores alunos (uma boa medida feita da pior forma); revogação do documento designado de Currículo Nacional do Ensino Básico — Competências Essenciais. Competências Gerais.
Agora, aguarda-se o que vai ser feito em outros dois domínios estruturais: Gestão das Escolas e Novas Oportunidades. Provavelmente vai acontecer o que tem acontecido até aqui: ou se mexe no acessório para, no essencial, se deixar tudo na mesma, ou se mexe desconexamente para se deixar não se sabe bem o quê.
O que foi feito com a avaliação dos professores constituiu a primeira medida medíocre deste ministro. Um inqualificável modelo de (pseudo) avaliação deu lugar a um medíocre modelo de (pseudo) avaliação — verdadeiramente, e em rigor, ainda não deu lugar a nada, porque até agora nada de oficial foi publicado no Diário da República. O que se fez foi transformar um monstro (modelo anterior) num rato (modelo anunciado); o que se fez foi dividir para melhor reinar (ao isentar-se, na prática, os professores dos últimos escalões da avaliação); o que se fez foi proporcionar um ano de paragem (o actual) e empurrar o problema lá mais para a frente.
Dever-se-ia perguntar: com o novo modelo vai haver uma avaliação que contribua para a melhoria das praticas lectivas, de modo a que haja melhor ensino e melhores aprendizagens? Não vai, seguramente que não vai haver nada disso. Possivelmente (digo possivelmente porque ainda falta saber o que vai este ministro fazer com os designados Padrões do Desempenho...) haverá menos estupidez nos processos (pseudo) avaliativos, mas a avaliação encenada e sem a mínima credibilidade prosseguirá nas nossas escolas, como até hoje tem acontecido.
O que neste momento está a ser feito com a revisão curricular é exemplo de mais uma medida medíocre de Nuno Crato. Se uma revisão curricular para existir tem de ter fundamentos que a justifiquem, então, esta revisão não existe, é um nada absoluto. Uma amena conversa de café entre amigos, munidos de lápis e de duas folhas de papel A4, produziria com facilidade esta revisão curricular: umas contas de mercearia para redistribuir os tempos lectivos pelas disciplinas e uma grande dose de senso comum para alinhavar meia dúzia de banalidades.
Duas medidas estruturais que era urgente serem tomadas acabaram por redundar em duas medidas medíocres. Avulsamente, foram sendo tomadas outras medidas, umas más, outras assim-assim, outras acertadas, mas tudo embrulhado em muito amadorismo e falta de preparação — um exemplo para cada caso, respectivamente: aumento do número de alunos por turma; fim dos prémios financeiros aos melhores alunos (uma boa medida feita da pior forma); revogação do documento designado de Currículo Nacional do Ensino Básico — Competências Essenciais. Competências Gerais.
Agora, aguarda-se o que vai ser feito em outros dois domínios estruturais: Gestão das Escolas e Novas Oportunidades. Provavelmente vai acontecer o que tem acontecido até aqui: ou se mexe no acessório para, no essencial, se deixar tudo na mesma, ou se mexe desconexamente para se deixar não se sabe bem o quê.