Depois de concluído o debate de ontem sobre educação, no programa «Prós e Contras», da RTP 1, comecei a perguntar à madrugada:
i) Como é que Isabel Alçada chegou a ministra?
ii) O melhor que o PSD tem para falar sobre educação é Pedro Duarte? O próprio não sente vergonha em falar sobre educação, depois de, há pouco mais de um ano, ter publicamente assumido o compromisso de votar a favor da suspensão do modelo de avaliação e, vinte e quatro horas depois, ter votado de modo a viabilizá-lo?
iii) Para além da certeira crítica ao «eduquês», Nuno Crato não sabe dizer mais nada que não seja a afirmação da sua fé em exames objectivos e na reafirmação de um ou dois clichés acerca do princípio da liberdade no ensino?
iv) Que esteve a fazer Isabel Soares, no debate? Disse que não representava o ensino particular, porque a escola dela era diferente, que não representava o Ministério da Educação, porque não tinha procuração para isso. Então, representava quem: Lurdes Rodrigues? O pai? Os dois? Ela foi convidada porquê?
v) A RTP não conhece ninguém que possa falar sobre educação, com interesse, qualidade e verdade?
vi) Na RTP, não há mais quem possa moderar aqueles debates? E que seja um pouco mais isento, menos palavroso e que faça um pouco menos de ruído ao ouvido de quem assiste?
Uma última curiosidade: foi por malvadez que a RTP relembrou e destacou o sorriso de satisfação de Mário Nogueira, quando este assinou o Acordo com Isabel Alçada e disse: «Já tínhamos saudades de um verdadeira negociação»?