sábado, 17 de abril de 2010

Ao sábado: momento quase filosófico

Acerca do pensamento de Confúcio
«Embora a filosofia chinesa não seja monolítica, apresentando variantes e escolas distintas, é possível encontrar coordenadas comuns a todas elas. Por exemplo, a busca da harmonia, o equilíbrio e a paz da alma; a crença em que o homem faz parte da natureza, mas também da sociedade em que vive; a afirmação de dois grandes princípios opostos que não se excluem, mas completam, etc.
Um dos pensadores que maior marca deixou na cultura chinesa foi Confúcio (que também nasceu no Séc. VI a. C. Quer se trate da Grécia, da China ou da Índia, este século parece decisivo para a origem da filosofia). A sua doutrina propunha que as relações familiares se constituam como modelo das relações sociais e políticas, de modo a que o respeito que os filhos devem mostrar para com os pais predomine igualmente no âmbito da sociedade.
Por outro lado, embora Confúcio louvasse a benevolência e o esforço, afirmava também que o êxito das nossas acções obedece ao destino. A única coisa que depende de cada um de nós é a intenção boa ou má com que se fazem as coisas e a vontade que nelas se põe. Mas o resultado das nossas acções é obra do destino.
A este propósito, um eremita disse dele, com alguma ironia:
- Não é este o homem que diz que nada se pode fazer para salvar o mundo e que, porém, continua a tentar?»
Pedro González Calero, A Filosofia com Humor.