«Segundo certa lenda, uma noite Sócrates viu em sonhos uma cria de cisne que tentava voar, emitindo um formoso canto. Na manhã seguinte, quando lhe apresentaram Platão, Sócrates disse: "Aqui está o cisne do meu sonho." E não era mentira, pois Platão [...] foi o mais importante dos discípulos de Sócrates.
A sua contribuição para a filosofia foi a tal ponto transcendente que marcou o rumo de muitas das posteriores controvérsias filosóficas. Especialmente polémica é a sua teoria das Ideias. Segundo esta, as Ideias são entidades existentes fora da nossa mente, que não podemos captar através dos nossos sentidos. Se apenas existisse a realidade que nos apresentam os sentidos, nada haveria de permanente, pois a realidade sensível está em permanente mudança e, portanto, o nosso conhecimento também não seria fiável, pois seria um conhecimento instável. Por isso, Platão postulava a existência das Ideias como entidades imateriais e eternas. E o seu conhecimento como o único conhecimento rigoroso.
Diógenes de Sinope (que foi considerado o filósofo cínico por excelência) gozava com isto, dizendo que só via mesas e taças, mas não Ideias de mesas e taças, ao que Platão replicava:
— Não é de estranhar, Diógenes, pois a tua mente é demasiado tosca para ver outra coisa.
Por outro lado, segundo a teoria de Platão, as coisas que percebemos mediante os sentidos são cópias, imitações que participam de algum modo das Ideias, mas que nunca se deverão confundir com elas [porque as verdadeiras realidades são as Ideias e não as coisas que apenas participam delas]. Assim, um corpo formoso participa da Ideia de Beleza, mas não é a Ideia de Beleza, a fogueira participa da Ideia de Fogo, mas não é a Ideia de Fogo, etc. Diógenes, que se ria disto, pôs-se uma vez a comer figos secos diante dele e disse-lhe:
— Platão, podes participar deles.
Platão pegou nalguns figos e começou a comê-los, mas Diógenes riu-se dele, dizendo-lhe:
— Disse-te que participasses, Platão, não que os comesses.»
A sua contribuição para a filosofia foi a tal ponto transcendente que marcou o rumo de muitas das posteriores controvérsias filosóficas. Especialmente polémica é a sua teoria das Ideias. Segundo esta, as Ideias são entidades existentes fora da nossa mente, que não podemos captar através dos nossos sentidos. Se apenas existisse a realidade que nos apresentam os sentidos, nada haveria de permanente, pois a realidade sensível está em permanente mudança e, portanto, o nosso conhecimento também não seria fiável, pois seria um conhecimento instável. Por isso, Platão postulava a existência das Ideias como entidades imateriais e eternas. E o seu conhecimento como o único conhecimento rigoroso.
Diógenes de Sinope (que foi considerado o filósofo cínico por excelência) gozava com isto, dizendo que só via mesas e taças, mas não Ideias de mesas e taças, ao que Platão replicava:
— Não é de estranhar, Diógenes, pois a tua mente é demasiado tosca para ver outra coisa.
Por outro lado, segundo a teoria de Platão, as coisas que percebemos mediante os sentidos são cópias, imitações que participam de algum modo das Ideias, mas que nunca se deverão confundir com elas [porque as verdadeiras realidades são as Ideias e não as coisas que apenas participam delas]. Assim, um corpo formoso participa da Ideia de Beleza, mas não é a Ideia de Beleza, a fogueira participa da Ideia de Fogo, mas não é a Ideia de Fogo, etc. Diógenes, que se ria disto, pôs-se uma vez a comer figos secos diante dele e disse-lhe:
— Platão, podes participar deles.
Platão pegou nalguns figos e começou a comê-los, mas Diógenes riu-se dele, dizendo-lhe:
— Disse-te que participasses, Platão, não que os comesses.»
Pedro González Calero, A Filosofia com Humor.