«No seu desenvolvimento, a cultura da mundialização é a primeira que realiza neste ponto a associação do poder e do dinheiro. E é a primeira que tem uma relação com a economia na medida também que ela concorre a fazer do modelo de crescimento ilimitado uma força suicidária irresistível [...]
A nossa cultura é a do crescimento ilimitado e está assente na nossa todo-poderosa técnica, autor de ruptura sem precedentes com a natureza, uma vez que ela nos coloca numa situação de produzir a natureza. Ensina a nunca mais perguntar porquê. A cultura era o meio de voltar atrás, de julgar e de saber dizer não. A cultura-mundo dissolve as questões na acção, interdita o recuo e o julgamento e resolve-se numa imensa aquiescência ao crescimento, ao mercado e às suas obras.»
Hervé Juvin
Gilles Lipovestsky, Hervé Juvin, O Ocidente Mundializado, Edições 70.