Dos 149 alunos, a frequentar o 8º ano, inscritos, a nível nacional, para "dar o salto" para o 10º ano, através de um Exame de Equivalência à Frequência do 9º Ano, nenhum conseguiu dar o referido salto.
Esta ocorrência é um bom exemplo do que são medidas de espavento do ME. Esta medida avulsa mostra a falta de uma reflexão séria sobre o perfil dos alunos que se podiam inscrever, a ausência de uma auscultação sobre o número de alunos que poderiam ser envolvidos para não dar aso a despesismo e uma enorme falta de respeito pelos alunos e pelas famílias.
Falta de reflexão porque estes alunos para terem a idade exigida, tinham necessariamente que ter repetido anos no Ensino Básico, ou seja, esta medida foi aplicada a alunos com um fraco aproveitamento.
Como é que alunos com este perfil se podiam aventurar a realizar 14 exames (por vezes, dois por dia) com conteúdos de 3 anos do 3º ciclo, com sucesso, a todas as disciplinas, se nem os do próprio ano (8º ano) que tinham acabado de frequentar tinham conseguido?
Falta de respeito pelos alunos e famílias porque se constituiu como uma medida psicologicamente bárbara. Convenceram-se os alunos e as famílias que esta situação era concretizável, com sucesso, com apenas algumas horas de estudo. Nada mais falso. Assisti a uma revolta incontrolável e a uma enorme frustração por parte de alguns destes alunos excluídos pelas, "16 horas gastas a estudar matemática para nada". E ninguém foi capaz de explicar que 16 horas a estudar matemática não são suficientes para colmatar deficiências de anos lectivos anteriores e, ao mesmo tempo, estudar e exercitar conteúdos de um ano inteiro de matemática, que correspondia a um ano que os alunos nunca tinham frequentado (o 9º ano).
Os alunos convenceram-se e foram dia após dia. E elaboraram provas de tudo. E os resultados saíram, mostrando o que todos nós já sabíamos.
Medida despesista porque envolveu, por cada exame realizado, durante cerca de 7 dias, no mínimo 10 pessoas ( 2 professores vigilantes, 2 professores suplentes, 1 professor coadjuvante, 2 professores para a elaboração da matriz, elaboração da prova e a respectiva correcção, 2 professores do Secretariado de Exames e 1 PND de serviço à sala de exame). Se atentarmos à relação preço/resultado, estamos perante uma medida de folclore, muito cara, sem contrapartidas, que se torna ainda mais gravosa pelo período de contenção orçamental que se deveria estar a viver.
Esta ocorrência é um bom exemplo do que são medidas de espavento do ME. Esta medida avulsa mostra a falta de uma reflexão séria sobre o perfil dos alunos que se podiam inscrever, a ausência de uma auscultação sobre o número de alunos que poderiam ser envolvidos para não dar aso a despesismo e uma enorme falta de respeito pelos alunos e pelas famílias.
Falta de reflexão porque estes alunos para terem a idade exigida, tinham necessariamente que ter repetido anos no Ensino Básico, ou seja, esta medida foi aplicada a alunos com um fraco aproveitamento.
Como é que alunos com este perfil se podiam aventurar a realizar 14 exames (por vezes, dois por dia) com conteúdos de 3 anos do 3º ciclo, com sucesso, a todas as disciplinas, se nem os do próprio ano (8º ano) que tinham acabado de frequentar tinham conseguido?
Falta de respeito pelos alunos e famílias porque se constituiu como uma medida psicologicamente bárbara. Convenceram-se os alunos e as famílias que esta situação era concretizável, com sucesso, com apenas algumas horas de estudo. Nada mais falso. Assisti a uma revolta incontrolável e a uma enorme frustração por parte de alguns destes alunos excluídos pelas, "16 horas gastas a estudar matemática para nada". E ninguém foi capaz de explicar que 16 horas a estudar matemática não são suficientes para colmatar deficiências de anos lectivos anteriores e, ao mesmo tempo, estudar e exercitar conteúdos de um ano inteiro de matemática, que correspondia a um ano que os alunos nunca tinham frequentado (o 9º ano).
Os alunos convenceram-se e foram dia após dia. E elaboraram provas de tudo. E os resultados saíram, mostrando o que todos nós já sabíamos.
Medida despesista porque envolveu, por cada exame realizado, durante cerca de 7 dias, no mínimo 10 pessoas ( 2 professores vigilantes, 2 professores suplentes, 1 professor coadjuvante, 2 professores para a elaboração da matriz, elaboração da prova e a respectiva correcção, 2 professores do Secretariado de Exames e 1 PND de serviço à sala de exame). Se atentarmos à relação preço/resultado, estamos perante uma medida de folclore, muito cara, sem contrapartidas, que se torna ainda mais gravosa pelo período de contenção orçamental que se deveria estar a viver.
Marrod