quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Poemas

UM CORPO DE VERÃO

Era um corpo de verão que ondeava
Entre mil murmúrios de águas e sementes
Na sua nudez ardia o fogo dos pomares
Abracei a vigorosa doçura dos seus membros
Bebi em alta sede a inocência ardente
Conheci a sombra que floresce a brisa e o alimento
No centro enamorado da pátria arborescente.

António Ramos Rosa