O desgoverno no ministério da Educação é persistente e de incidência praticamente diária. No passado dia 1 de Outubro escrevi isto:
«O mais recente exemplo da anarquia que se vive neste ministério faz com que, neste momento, nas escolas com ensino nocturno haja professores a ter de abandonar as turmas que leccionavam à noite para irem leccionar os horários do ensino diurno pertencentes a professores que se encontram de atestado médico. Isto sucede porque Nuno Crato, apesar de ter dado indicações, por escrito, para serem abertas novas turmas dos cursos EFA, (desde que não fosse necessário contratar recursos humanos exteriores à escola) agora mandou encerrá-las. E de um dia para o outro a barafunda instalou-se nestas escolas. Mais uma vez, Crato revela não saber o que faz, e revela mais uma vez também que não tem respeito algum pelos alunos, que já haviam pago as suas matrículas, e pelos professores que já leccionavam as suas turmas.»
Consequentemente, os horários de muitos professores tiveram de ser reformulados, vários docentes abandonaram turmas que já estavam a leccionar, à noite, para passarem a leccionar turmas diurnas (turmas que aguardavam a colocação de professores, que iriam substituir colegas em situação de baixa médica) e muitos dos horários dos alunos tiveram que ser igualmente alterados. Tudo isto, repito, porque Nuno Crato tinha dado ordens para encerrar turmas dos cursos EFA, que inicialmente havia permitido abrir. Passados dezassete dias, isto é, ontem, nova ordem do ministério da Educação chega às escolas: as turmas que tinham sido impedidas de abrir podem abrir!
Para além da esquizofrenia e do caos que se vive no ministério da Educação, que esta situação bem revela, isto significa que nova reformulação de horários de professores e de alunos vai voltar a ocorrer, com toda barafunda e instabilidade que daí advêm!
Não há memória de alguma vez se ter presenciado tanta incompetência reunida num mesmo ministério.