segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Registos e notas do fim-de-semana

Subida dos juros da dívida vai anular poupança dos cortes salariais no Estado

Juízes requerem reformas a ritmo sem precedentes
Público (14/1/11)

João Pinto foge ao fisco através do Luxemburgo

Sócrates de novo candidato [a secretário-geral do PS]

Jardim continua a acumular reforma e ordenado
Sol (14/1/11)

Governo corta nos apoios às empresas para contratar jovens
Público (15/1/11)

Rui Pedro Soares e Emídio Rangel associam-se a espanhóis da Mediapro para lançarem novo semanário, canal de televisão e rádio de inspiração socialista [PS]

Água da torneira não serve para deputados
 Expresso (15/1/11)

Nos últimos seis anos, Portugal transformou-se num país, simultaneamente, triste, amargurado, angustiado, rancoroso, adiado, incompetente, indignado. Foi abundantemente semeada a provocação obscena, cultivado o conflito gratuito, incentivada a mentira e instalada uma permanente e grotesca encenação, um permanente e grotesco faz-de-conta nacional, que, agora, todos estamos a pagar e que continuaremos a pagar durante longos anos.
O primeiro responsável desta situação é quem exerce, há seis anos, as funções de primeiro-ministro de Portugal, José Sócrates. O segundo responsável é o Partido Socialista. 
Agora, ficámos a saber que o primeiro responsável vai recandidatar-se a secretário-geral do PS e que o segundo responsável se prepara para reelegê-lo.


Juízes, médicos, professores e muitos outros profissionais do Estado estão a reformar-se a um ritmo nunca visto. Desde o primeiro dia em que tomou o poder, Sócrates começou a destruir o sector Público da sociedade portuguesa: 
— através do insulto, do mau trato e das injustiças que promoveu, começou por indignar milhares de profissionais sérios e competentes e acabou a empurrá-los para a reforma antecipada, com  brutais penalizações; 
— através da cega redução de direitos e de serviços sociais, começou a reduzir a pó a função social do Estado.
O Estado português há-de querer ter profissionais competentes e não os vai ter. Será nessa altura que muitos daqueles que hoje protestam contra os serviços públicos vão arrepender-se e vão querer pedir contas a Sócrates e ao PS, mas, nessa altura, será tarde. Vão ser necessários muitos anos para se recuperar o que de bom ainda existia, a nível de profissionalismo público.


Entretanto, os João Pinto, os Rui Pedro Soares, os Alberto João Jardim deste país não têm crise que os atinja, porque, de uma forma ou de outra, há sempre uma «saída», ou, como é moda e fica bem dizer, há sempre uma «oportunidade» que a crise oferece.