O Conselho Científico para Avaliação dos Professores (CCAP) concluiu que:
1. Muitos avaliadores não têm experiência, não têm formação específica, não têm perfil para avaliar o desempenho dos colegas;
2. Os avaliadores precisam de fazer formação superior de médio e longo prazo (pós-graduações).
O Conselho Científico para Avaliação dos Professores já tinha demorado cerca de três meses a descobrir que não era sério - porque não era fiável, porque ainda é necessário realizar, a nível internacional, estudos aprofundados sobre a matéria - introduzir os resultados dos alunos na avaliação dos professores.
A ministra da Educação, depois de dizer que era evidente que os resultados dos alunos tinham que entrar na avaliação dos professores e que era o que mais faltava que assim não acontecesse, demorou onze meses a reconhecer que esse item tinha que sair, ou melhor, tinha que ser suspenso, do processo de avaliação do desempenho.
Isto, que o CCAP demorou dois meses a descobrir e a ministra onze, foi algo que (quase) todos os professores, na altura, denunciaram de imediato.
Agora, o Conselho Científico para Avaliação dos Professores demorou quinze meses a descobrir que os avaliadores não têm experiência nem formação nem perfil para avaliar os colegas, e que é necessário possuírem formação superior de médio e longo prazo neste domínio.
Isto, que o CCAP demorou quinze meses a descobrir, foi algo que (quase) todos os professores, na altura, denunciaram de imediato.
Todavia, a ministra da Educação, ano e meio depois de publicar o incompetente decreto-lei da avaliação do desempenho, ainda não conseguiu ver o que já toda a gente viu. Possuída de uma hipocrisia política que ultrapassa a mais pessimista imaginação, comentou as conclusões do CCAP deste modo:
«O que eu recuso é que se passe atestados de incompetência aos professores e que se diga que os professores não têm as capacidades, nem as competências para fazer aquilo que é naturalmente o seu trabalho» (sítio do Público, 1/06/09).
Maria de Lurdes Rodrigues acumula dislates em cima de dislates. Maria de Lurdes Rodrigues carece do mínimo de razoabilidade, de bom senso e de seriedade política para o exercício do cargo. Maria de Lurdes Rodrigues não tem qualquer escrúpulo em deitar a mão ao mais grotesco argumento, à mais grosseira demagogia para tentar falsear a realidade, para evitar reconhecer que, sistematicamente, faz asneiras e que grande parte da legislação que produziu é de qualidade política medíocre e tecnicamente incompetente.
O comentário de Maria de Lurdes Rodrigues revela, mais uma vez, uma de duas coisas: ou absoluta ignorância sobre a matéria (julga que o processo de avaliar alunos é idêntico ao processo de avaliar professores) ou desonestidade intelectual. Não há terceira hipótese.
Contudo, o que importa mesmo é podermos verificar o lento, mas irreversível, esboroar deste modelo de avaliação e do enorme faz-de-conta que lhe está associado.
1. Muitos avaliadores não têm experiência, não têm formação específica, não têm perfil para avaliar o desempenho dos colegas;
2. Os avaliadores precisam de fazer formação superior de médio e longo prazo (pós-graduações).
O Conselho Científico para Avaliação dos Professores já tinha demorado cerca de três meses a descobrir que não era sério - porque não era fiável, porque ainda é necessário realizar, a nível internacional, estudos aprofundados sobre a matéria - introduzir os resultados dos alunos na avaliação dos professores.
A ministra da Educação, depois de dizer que era evidente que os resultados dos alunos tinham que entrar na avaliação dos professores e que era o que mais faltava que assim não acontecesse, demorou onze meses a reconhecer que esse item tinha que sair, ou melhor, tinha que ser suspenso, do processo de avaliação do desempenho.
Isto, que o CCAP demorou dois meses a descobrir e a ministra onze, foi algo que (quase) todos os professores, na altura, denunciaram de imediato.
Agora, o Conselho Científico para Avaliação dos Professores demorou quinze meses a descobrir que os avaliadores não têm experiência nem formação nem perfil para avaliar os colegas, e que é necessário possuírem formação superior de médio e longo prazo neste domínio.
Isto, que o CCAP demorou quinze meses a descobrir, foi algo que (quase) todos os professores, na altura, denunciaram de imediato.
Todavia, a ministra da Educação, ano e meio depois de publicar o incompetente decreto-lei da avaliação do desempenho, ainda não conseguiu ver o que já toda a gente viu. Possuída de uma hipocrisia política que ultrapassa a mais pessimista imaginação, comentou as conclusões do CCAP deste modo:
«O que eu recuso é que se passe atestados de incompetência aos professores e que se diga que os professores não têm as capacidades, nem as competências para fazer aquilo que é naturalmente o seu trabalho» (sítio do Público, 1/06/09).
Maria de Lurdes Rodrigues acumula dislates em cima de dislates. Maria de Lurdes Rodrigues carece do mínimo de razoabilidade, de bom senso e de seriedade política para o exercício do cargo. Maria de Lurdes Rodrigues não tem qualquer escrúpulo em deitar a mão ao mais grotesco argumento, à mais grosseira demagogia para tentar falsear a realidade, para evitar reconhecer que, sistematicamente, faz asneiras e que grande parte da legislação que produziu é de qualidade política medíocre e tecnicamente incompetente.
O comentário de Maria de Lurdes Rodrigues revela, mais uma vez, uma de duas coisas: ou absoluta ignorância sobre a matéria (julga que o processo de avaliar alunos é idêntico ao processo de avaliar professores) ou desonestidade intelectual. Não há terceira hipótese.
Contudo, o que importa mesmo é podermos verificar o lento, mas irreversível, esboroar deste modelo de avaliação e do enorme faz-de-conta que lhe está associado.