«Não é o Estatuto que gostaríamos de ter, mas foi aquele que conseguimos» foi o comentário de António Avelãs (presidente do Sindicato dos Professores da Grande Lisboa, membro da Fenprof), a propósito da publicação do novo Estatuto da Carreira Docente.
Este comentário retrata os dirigentes sindicais que temos e o tipo de sindicalismo que se pratica em Portugal.
Se dois anos de um combate cerrado pela defesa da Educação e da dignidade da função docente, com duas gigantescas, e nunca antes vistas, manifestações nacionais de professores e centenas de manifestações regionais e locais, com duas greves nacionais com adesões maciças, com o reconhecimento unânime da absoluta incompetência do modelo de avaliação de Lurdes Rodrigues, com a perda da maioria absoluta por parte do PS, têm como resultado final:
— a preservação quase intacta da versão simplex do modelo de avaliação de Lurdes Rodrigues;
— a salvaguarda dos resultados obtidos com a vergonhosa e indigna aplicação daquele modelo de avaliação nos três últimos anos lectivos;
— a manutenção do sistema de quotas para as classificações mais elevadas;
— a continuação da dependência (ainda que teoricamente mitigada) da abertura de vagas para acesso ao topo da carreira;
— e, em geral, a prevalência de uma concepção burocrática, tecnocrática e inculta da função docente; cabe agora perguntar: que especialíssimas circunstâncias políticas, sociais e profissionais é que os sindicatos consideram ser necessário existir para não se claudicar perante ataques gravíssimos à seriedade e à dignidade profissionais dos professores, como aconteceu e continua a acontecer com os governos de Sócrates?
Este comentário retrata os dirigentes sindicais que temos e o tipo de sindicalismo que se pratica em Portugal.
Se dois anos de um combate cerrado pela defesa da Educação e da dignidade da função docente, com duas gigantescas, e nunca antes vistas, manifestações nacionais de professores e centenas de manifestações regionais e locais, com duas greves nacionais com adesões maciças, com o reconhecimento unânime da absoluta incompetência do modelo de avaliação de Lurdes Rodrigues, com a perda da maioria absoluta por parte do PS, têm como resultado final:
— a preservação quase intacta da versão simplex do modelo de avaliação de Lurdes Rodrigues;
— a salvaguarda dos resultados obtidos com a vergonhosa e indigna aplicação daquele modelo de avaliação nos três últimos anos lectivos;
— a manutenção do sistema de quotas para as classificações mais elevadas;
— a continuação da dependência (ainda que teoricamente mitigada) da abertura de vagas para acesso ao topo da carreira;
— e, em geral, a prevalência de uma concepção burocrática, tecnocrática e inculta da função docente; cabe agora perguntar: que especialíssimas circunstâncias políticas, sociais e profissionais é que os sindicatos consideram ser necessário existir para não se claudicar perante ataques gravíssimos à seriedade e à dignidade profissionais dos professores, como aconteceu e continua a acontecer com os governos de Sócrates?