Há poucos meses tivemos eleições legislativas.
Na campanha eleitoral que as precedeu, ouvimos, sistematicamente, o Partido Socialista e José Sócrates acusarem os partidos da oposição de pessimistas e de terem um discurso negativista sobre a situação económica e financeira, e que tal discurso só fazia mal ao país.
Ouvimos, igualmente, aquilo que ainda hoje continuamos a ouvir: que Portugal foi o último país da União Europeia a entrar em crise e que foi o primeiro a sair dela.
Nesse período eleitoral e depois dele também (por exemplo, no final de Dezembro), ouvimos o primeiro-ministro repetir, com o seu característico ar de enfado, que agora e mais do que nunca o investimento no TGV era prioritário, e adiá-lo seria uma total irresponsabilidade política, ouvimo-lo dizer que portajar as SCUT só seria possível quando houvesse estradas alternativas, ouvimo-lo jurar que não aumentaria os impostos, ouvimos, ouvimos e fartámo-nos de ouvir.
O curioso é que com a mesma irresponsabilidade com que afirma tudo isto, o primeiro-ministro e o PS também afirmam exactamente o seu contrário, e, ontem, já foi anunciado que vai haver adiamento do TGV, que vai haver portagens nas SCUT e que vai haver aumento de impostos.
Não me recordo, em quase 36 anos de democracia, de ter existido um Governo e governantes como estes, em que tudo serve e de tudo se servem para se manterem agarrados ao poder. Não importa o que ontem se disse, se hoje convier dizer o seu contrário, não importa que ontem se tenha dito que não havia conhecimento do crescimento do défice para 9,3% e hoje se diga que foi uma opção deliberada do Governo, não importa que ontem se tenha traçado um cenário de optimismo e hoje se congelem os salários, nada importa, tudo vale.
Não conheço político português mais descredibilizado do que Sócrates. Lamentavelmente, este homem continua a ser o primeiro-ministro de Portugal.
Na campanha eleitoral que as precedeu, ouvimos, sistematicamente, o Partido Socialista e José Sócrates acusarem os partidos da oposição de pessimistas e de terem um discurso negativista sobre a situação económica e financeira, e que tal discurso só fazia mal ao país.
Ouvimos, igualmente, aquilo que ainda hoje continuamos a ouvir: que Portugal foi o último país da União Europeia a entrar em crise e que foi o primeiro a sair dela.
Nesse período eleitoral e depois dele também (por exemplo, no final de Dezembro), ouvimos o primeiro-ministro repetir, com o seu característico ar de enfado, que agora e mais do que nunca o investimento no TGV era prioritário, e adiá-lo seria uma total irresponsabilidade política, ouvimo-lo dizer que portajar as SCUT só seria possível quando houvesse estradas alternativas, ouvimo-lo jurar que não aumentaria os impostos, ouvimos, ouvimos e fartámo-nos de ouvir.
O curioso é que com a mesma irresponsabilidade com que afirma tudo isto, o primeiro-ministro e o PS também afirmam exactamente o seu contrário, e, ontem, já foi anunciado que vai haver adiamento do TGV, que vai haver portagens nas SCUT e que vai haver aumento de impostos.
Não me recordo, em quase 36 anos de democracia, de ter existido um Governo e governantes como estes, em que tudo serve e de tudo se servem para se manterem agarrados ao poder. Não importa o que ontem se disse, se hoje convier dizer o seu contrário, não importa que ontem se tenha dito que não havia conhecimento do crescimento do défice para 9,3% e hoje se diga que foi uma opção deliberada do Governo, não importa que ontem se tenha traçado um cenário de optimismo e hoje se congelem os salários, nada importa, tudo vale.
Não conheço político português mais descredibilizado do que Sócrates. Lamentavelmente, este homem continua a ser o primeiro-ministro de Portugal.