sábado, 9 de janeiro de 2010

Ao sábado: momento quase filosófico

Acerca da Filosofia Social e Política

Feminismo
Eis um enigma que confundiu as pessoas durante décadas:
Um homem assiste a um terrível acidente de bicicleta do filho. Pega nele, coloca-o no banco de trás do seu carro e dirige-se a grande velocidade para o hospital. Quando o rapaz é levado de maca para a sala de cirurgia, o cirurgião diz: — Oh, meu Deus! É o meu filho! Como é isto possível?
Da-ah! O cirurgião é a mãe.
Hoje em dia, nem sequer Rush Limbaugh ficaria intrigado com este enigma; o número de médicas neste país está a aproximar-se rapidamente do número de médicos. E isso é o resultado do poder da filosofia feminista do final do século XX.
O verdadeiro dealbar da filosofia feminista remonta ao século XVIII e à obra seminal (ou deveríamos dizer ovariana?) de Mary Wollstonecraft, A Vindication of the Rights of Women. Nesse tratado, ela ataca nada mais nada menos do que Jean-Jacques Rousseau por propor um sistema de educação inferior para as mulheres.
O feminismo obteve uma interpretação existencialista no século XX, com a publicação de O Segundo Sexo da filósofa [...] Simone de Beauvoir. Simone de Beauvoir declarou que a feminilidade essencial não existe e que estava convencida de que era um colete de forças imposto às mulheres pelos homens. Na verdade, as mulheres são livres de criar a sua própria versão do que é ser mulher.
Mas até que ponto o conceito de feminilidade é elástico? O aparelho reprodutor com que nascemos não influencia a nossa identidade de género? Algumas feministas pós-Beauvoir [...] afirmam que todos nascemos como uma folha em branco em termos sexuais; a nossa identidade de género é algo que obtemos mais tarde através da sociedade e dos nossos pais. E, hoje em dia, aprender os papéis do género é mais complicado do que nunca.
Dois homossexuais estão parados numa esquina quando uma loura linda passa por eles com um vestido de chiffon muito justo e decotado.
Um dos homens diz para o outro:
— Em alturas como esta adoraria ser lésbica!
Os papéis tradicionais de género são uma mera idealização social, inventada pelos homens para manterem as mulheres subservientes? Ou estarão esses papéis biologicamente determinados? Este enigma continua a dividir filósofos e psicólogos.»
Thomas Cathcart e Daniel Klein, Platão e um Ornitorrinco Entram num Bar...