Acerca da Filosofia da Religião
— Crença em Deus III (continuação) —
— Crença em Deus III (continuação) —
«O matemático e filósofo francês do século XVII, Blaise Pascal, defendeu que decidir se se acredita ou não em Deus é essencialmente fazer uma aposta. Se optarmos por nos comportarmos como se houvesse um Deus e quando chegarmos ao fim constatarmos que não havia, não há grande problema. Bem, talvez tenhamos perdidos a capacidade de aproveitar plenamente os Sete Pedacos Mortais, mas isso é insignificante quando comparado com a alternativa. Se apostarmos que Deus não existe e, no fim, descobrirmos que existe um Deus, perdemos a Grande Enchilada, a bem-aventurança eterna. Por conseguinte, segundo Pascal, a melhor estratégia é viver como se Deus existisse. Os académicos conhecem isto como a "aposta de Pascal". Para o resto dos comuns mortais, é conhecido como dar uma no cravo e outra na ferradura.
Inspirada nos Pensamentos, de Pascal, uma velhota vai ao banco com uma pasta cheia com cem mil dólares em notas e pede para abrir uma conta. O cauteloso banqueiro pergunta-lhe onde obteve o dinheiro.
— A jogar — explica ela. — Sou muito boa jogadora.
Intrigado, o banqueiro pergunta:
— Que género de apostas faz?
— Oh, de todos os tipos — responde a velhota. — Por exemplo, aposto 25 mil dólares consigo em como ao meio-dia de amanhã terá uma borboleta tatuada na nádega direita.
— Bem, adoraria aceitar essa proposta — diz o banqueiro —, mas não seria honesto ficar com o seu dinheiro devido a uma aposta tão absurda.
— Deixe-me esclarecer uma coisa — diz a mulher. — Se não apostar comigo, terei de procurar outro banco para depositar o meu dinheiro.
— Bem, bem, não seja precipitada — diz o banqueiro. — Eu aceito a aposta.
A mulher regressa no dia seguinte ao meio-dia, com o advogado como testemunha. O banqueiro vira-se, despe as calças e convida os dois a observar que ganhou a aposta.
— Muito bem — diz a mulher —, mas não se importa de se curvar um pouco só para ter a certeza?
O banqueiro faz o que lhe é pedido e a mulher assume a derrota e conta 25 mil dólares em notas da sua pasta.
Entretanto, o advogado está sentado com a cabeça nas mãos.
— O que é que ele tem? — pergunta o banqueiro.
— Oh, não sabe perder — responde ela. — Apostei 100 mil dólares com ele em como, ao meio-dia de hoje, o senhor nos mostraria o rabo no seu gabinete.»
Inspirada nos Pensamentos, de Pascal, uma velhota vai ao banco com uma pasta cheia com cem mil dólares em notas e pede para abrir uma conta. O cauteloso banqueiro pergunta-lhe onde obteve o dinheiro.
— A jogar — explica ela. — Sou muito boa jogadora.
Intrigado, o banqueiro pergunta:
— Que género de apostas faz?
— Oh, de todos os tipos — responde a velhota. — Por exemplo, aposto 25 mil dólares consigo em como ao meio-dia de amanhã terá uma borboleta tatuada na nádega direita.
— Bem, adoraria aceitar essa proposta — diz o banqueiro —, mas não seria honesto ficar com o seu dinheiro devido a uma aposta tão absurda.
— Deixe-me esclarecer uma coisa — diz a mulher. — Se não apostar comigo, terei de procurar outro banco para depositar o meu dinheiro.
— Bem, bem, não seja precipitada — diz o banqueiro. — Eu aceito a aposta.
A mulher regressa no dia seguinte ao meio-dia, com o advogado como testemunha. O banqueiro vira-se, despe as calças e convida os dois a observar que ganhou a aposta.
— Muito bem — diz a mulher —, mas não se importa de se curvar um pouco só para ter a certeza?
O banqueiro faz o que lhe é pedido e a mulher assume a derrota e conta 25 mil dólares em notas da sua pasta.
Entretanto, o advogado está sentado com a cabeça nas mãos.
— O que é que ele tem? — pergunta o banqueiro.
— Oh, não sabe perder — responde ela. — Apostei 100 mil dólares com ele em como, ao meio-dia de hoje, o senhor nos mostraria o rabo no seu gabinete.»
Thomas Cathcart e Daniel Klein, Platão e um Ornitorrinco Entram num Bar...