quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

A opinião de quem está lá dentro

«O Partido Socialista e o reeleito secretário-geral, José Sócrates, estão numa encruzilhada: ou iniciam um processo de renovação, ou se esgotam como liderança, como solução governativa e como partido.
As votações unanimistas das recentes eleições internas do PS justificam inquietação e merecem uma séria reflexão por parte da direcção do partido. É demasiado óbvio que elas correspondem a uma situação de "anomalia democrática", de falta de pluralismo - efectivo e activo.
[...]
A arrasadora votação unanimista não é sinal de salutar unidade. É sim o sintoma claro de um estado de anemia partidária, de fidelização clientelar, de fadiga resignada, de militância desmotivada e descrente.
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A moção política de orientação nacional de José Sócrates é decepcionante (no conteúdo e na forma) e caracteriza-se por uma narcísica pormenorização da acção governativa, remetendo a análise da vida partidária para notas secundárias breves. Na defesa da moção, as vozes que se fazem ouvir cantam o refrão da obediência seguidista rotulada de unidade [...].»
António Fonseca Ferreira (Membro da Comissão Nacional do PS), Público (25/02/09)