A propósito da falácia «Post hoc ergo propter hoc»
Antes de mais, uma palavra sobre a utlização social desta expressão [«Post hoc ergo propter hoc»]: em alguns círculos, quando proferida num tom sério, esta frase pode ajudar-nos a fazer sucesso numa festa. Curiosamente, tem o efeito oposto quando produzida em português: «Depois disto, logo por causa disto.» Vá-se lá saber porquê.
A frase descreve o erro de presumir que, como uma coisa sucede a outra, essa coisa foi causada pela outra. Por motivos óbvios, esta falsa lógica é popular no discurso sociopolítico, como por exemplo: «A maior parte das pessoas viciadas em heroína começou com marijuana.» Verdade, mas mais ainda começaram com leite.
Post hoc torna avida mais divertida em algumas culturas: «O Sol nasce quando galo canta, por isso o cantar do galo deve fazer o Sol nascer.» Obrigado, galo! [...]
As piadas post hoc multiplicaram-se em proporção directa com as ilusões humanas.
Um senhor de idade judeu casa com uma senhora mais jovem e estão muito apaixonados. Porém, independentemente do que o homem faça sexualmente, a mulher nunca tem um orgasmo. Como as mulheres judias têm direito ao mprazer sexual, o casal decide falar com o rabino. O rabino escuta a história, cogia a barba e faz a seguinte sugestão:
- Contratem um jovem robusto. Enquanto os dois estiverem a fazer amor, digam ao jovem para abanar uma toalha sobre vocês. Isso ajudará a mulher a fantasiar e deve fazer com que atinja um orgasmo.
O casal vai para casa e segue o conselho do rabino.
Contratam um homem jovem e atraente, que abana uma toalha sobre eles enquanto fazem amor. No entanto, não adianta e a mulher continua insatisfeita.
Perplexos, vão falar novamente com o rabino.
- Muito bem - diz o rabino para o marido -, vamos tentar o contrário. Mande o jovem fazer amor com a sua mulher e abane a toalha sobre eles.
O casal segue uma vez mais o conselho do rabino.
O jovem deita-se com a mulher e o marido abana a toalha. O jovem começa a trabalhar com grande afinco e a mulher não demora a ter um orgasmo enorme, com gritos de abanar o quarto.
O marido sorri, olha para o jovem e diz-lhe, triunfal:
- É da forma de acenar a toalha, parvo!
[...] Em geral, somos enganados pelo post hoc ergo propter hoc porque não conseguimos reparar que há outra causa em jogo.»
As piadas post hoc multiplicaram-se em proporção directa com as ilusões humanas.
Um senhor de idade judeu casa com uma senhora mais jovem e estão muito apaixonados. Porém, independentemente do que o homem faça sexualmente, a mulher nunca tem um orgasmo. Como as mulheres judias têm direito ao mprazer sexual, o casal decide falar com o rabino. O rabino escuta a história, cogia a barba e faz a seguinte sugestão:
- Contratem um jovem robusto. Enquanto os dois estiverem a fazer amor, digam ao jovem para abanar uma toalha sobre vocês. Isso ajudará a mulher a fantasiar e deve fazer com que atinja um orgasmo.
O casal vai para casa e segue o conselho do rabino.
Contratam um homem jovem e atraente, que abana uma toalha sobre eles enquanto fazem amor. No entanto, não adianta e a mulher continua insatisfeita.
Perplexos, vão falar novamente com o rabino.
- Muito bem - diz o rabino para o marido -, vamos tentar o contrário. Mande o jovem fazer amor com a sua mulher e abane a toalha sobre eles.
O casal segue uma vez mais o conselho do rabino.
O jovem deita-se com a mulher e o marido abana a toalha. O jovem começa a trabalhar com grande afinco e a mulher não demora a ter um orgasmo enorme, com gritos de abanar o quarto.
O marido sorri, olha para o jovem e diz-lhe, triunfal:
- É da forma de acenar a toalha, parvo!
[...] Em geral, somos enganados pelo post hoc ergo propter hoc porque não conseguimos reparar que há outra causa em jogo.»
Thomas Cathcart e Daniel Klein, Platão e um Ornitorrinco Entram num Bar...