terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Mais outro caso de censura e de bestialidade do poder

Notícia do Público on line:

PSP apreende livros por considerar pornográfica capa com quadro de Courbet
«A PSP de Braga apreendeu hoje numa feira de livros de saldo alguns exemplares de um livro sobre pintura. A polícia considerou que o quadro do pintor Gustave Courbet, reproduzido nas capas dos exemplares, era pornográfico, adiantou uma fonte da empresa livreira.
António Lopes disse que os três agentes policiais elaboraram um auto no qual afirmam terem apreendido os livros por terem imagens pornográficas expostas publicamente.
O quadro do pintor oitocentista - tido como fundador do realismo em pintura - expõe as coxas e o sexo de uma mulher, sendo, por isso, a sua obra mais conhecida. Pintado em 1866, está exposto no Museu D'Orsay em Paris.
António Lopes manifestou-se "indignado" com a atitude da PSP: "isto é uma vergonha, um atentado à liberdade", afirmou. O empresário é um dos sócios da distribuidora 'Inovação à Leitura', de Braga, organizadora da Feira do Livro em Saldo e Últimas Edições, que está a decorrer, até ao dia 8 de Março, na Praça da República - vulgo Arcada - no centro de Braga.»
(23.02.09 - 19,24h)

Os casos estão a repetir-se com demasiada frequência. Agora, foram três polícias da PSP de Braga que decidiram mostrar serviço e revelar que estão em plena consonância com os sinais e com os exemplos de arrogância, boçalidade e prepotência que vêm de cima e que já empestam a nossa sociedade. Em todos os sectores, verifica-se que os medíocres e os candidatos a tiranetes tomam posição, sentem-se confortáveis e encorajados a assumirem aquele tipo de comportamentos.
O Partido Socialista, o partido que se arvora em pai da Liberdade, é o primeiro responsável por este clima que o país vive. O seu secretário-
-geral, e primeiro-ministro, é, desde que assumiu funções governamentais, o paradigma da arrogância. A postura que assume quando se dirige aos seus adversários políticos, no Parlamento ou fora dele, é, invariavelmente, desrespeitosa, acintosa e, muitas vezes, mal-educada e insultuosa. Grande parte da equipa que o rodeia é composta de elementos do mesmo jaez: Silva Pereira, Santos Silva, Teixeira dos Santos, Maria de Lurdes Rodrigues, Jaime Silva, para não falarmos já nos José Lellos que por ali gravitam.
Formados e deformados por uma concepção tecnocrática da política, estas almas, propensas ao quero, posso e mando, julgam-se donas do poder e do saber. Confundem a sua vaidade pessoal com os interesses da nação e sacrificam as necessidades do país às suas necessidades pessoais de protagonismo. Hipotecam os valores de que se dizem herdeiros e disseminam por todos o lados e em todos os momentos as sementes da arbitrariedade e do abuso de poder.
Os asnos, os mentalmente entorpecidos, os idiotas, os néscios deste país levam a sério os exemplos daquela gente socialista e copiam-lhes os modos e os tiques e, como genuínos zelotas, fazem o que vêem fazer e acrescentam da sua lavra aquilo que sempre desejaram fazer.
É esta a «força da mudança» de que o Partido Socialista se reclama. É esta a «mudança» que o Partido Socialista está a realizar em Portugal. E sem dúvida que o país está a mudar. A mudar de mal para muito pior.