Foi hoje. Os professores, mais uma vez, manifestaram de forma inequívoca a sua completa e firme oposição ao incompetente modelo de avaliação que o Governo quer impor.
Dirigido por quem não possui o mínimo sentido de Estado, dirigido por quem faz da política uma feira de vaidades e de arrogâncias, dirigido por quem julga que governar é sinónimo de dizer que faz reformas, independentemente da substância das mesmas, este Governo, e em particular o Ministério da Educação, soma trapalhadas atrás de trapalhadas, faz e desfaz, sem rumo, sem coerência, sem sensibilidade política.
Este Governo não possui a noção fundamental que deve ser a base de qualquer boa governação: a política só tem sentido se for exercida para as pessoas e não contra as pessoas, se tiver como finalidade última o bem das pessoas.
Uma política caceteira é uma política medíocre, executada por indivíduos medíocres, que invariavelmente partem deste princípio medíocre: nós, Governo, temos a posse da razão, eles, os governados, ou por interesses corporativos ou por limitações próprias de seres inferiores, não compreendem o virtuosismo da governação. Deste modo, o que o Governo determina é o que está inquestionavelmente certo.
Um Governo liderado por um indivíduo culturalmente limitado, que tem como certo que vestindo fatos Armani e atirando computadores para cima das pessoas resolve os problemas do país, um governo que tem uma ministra da Educação cujo conhecimento que possui da realidade das escolas é abaixo de zero, um governo assim constituído não pode ir além do discurso grotesco e da acção impulsiva e descoordenada.
É por isso que, no meio de toda esta balbúrdia, há diferenças fundamentais. Os professores movem-se por critérios profissionais, não por interesses de baixa política. Os professores têm o saber e o saber-fazer e é em função deles que ajuízam a qualidade das medidas governamentais, não é em função de jogos partidários. Os professores têm uma dignidade profissional a defender, não a alienam, como outros, por lugares de poder. Os professores exercem a actividade mais respeitada em Portugal e na Europa, os membros do Governo exercem a actividade menos respeitada pelos portugueses e pelos europeus. Os professores têm autoridade profissional para exigirem o que exigem, a ministra da Educação não tem nenhuma autoridade técnica para sustentar o que sustenta.
Desde que tomou posse, esta ministra da Educação não estuda, não prepara, não ouve, não dialoga. Vive na e para a azáfama do dizer que faz. São inúmeros os textos legislativos tecnicamente mal elaborados que depois obrigam a rectificações, a correcções e a alterações que modificam por completo o texto original — para além das mudanças já realizadas na legislação sobre a avaliação de desempenho, veja-se o mais recente exemplo das transformações operadas no sistema de faltas consignado no novo Estatuto do Aluno. É um Ministério sem credibilidade e sem autoridade.
Perante tudo isto, os professores fizeram uma greve histórica, demolidora, que só os dignifica e honra. Perante tudo isto, não resta aos professores outra alternativa que não seja manterem a firmeza das suas razões. Dure a luta o tempo que tiver de durar.
Dirigido por quem não possui o mínimo sentido de Estado, dirigido por quem faz da política uma feira de vaidades e de arrogâncias, dirigido por quem julga que governar é sinónimo de dizer que faz reformas, independentemente da substância das mesmas, este Governo, e em particular o Ministério da Educação, soma trapalhadas atrás de trapalhadas, faz e desfaz, sem rumo, sem coerência, sem sensibilidade política.
Este Governo não possui a noção fundamental que deve ser a base de qualquer boa governação: a política só tem sentido se for exercida para as pessoas e não contra as pessoas, se tiver como finalidade última o bem das pessoas.
Uma política caceteira é uma política medíocre, executada por indivíduos medíocres, que invariavelmente partem deste princípio medíocre: nós, Governo, temos a posse da razão, eles, os governados, ou por interesses corporativos ou por limitações próprias de seres inferiores, não compreendem o virtuosismo da governação. Deste modo, o que o Governo determina é o que está inquestionavelmente certo.
Um Governo liderado por um indivíduo culturalmente limitado, que tem como certo que vestindo fatos Armani e atirando computadores para cima das pessoas resolve os problemas do país, um governo que tem uma ministra da Educação cujo conhecimento que possui da realidade das escolas é abaixo de zero, um governo assim constituído não pode ir além do discurso grotesco e da acção impulsiva e descoordenada.
É por isso que, no meio de toda esta balbúrdia, há diferenças fundamentais. Os professores movem-se por critérios profissionais, não por interesses de baixa política. Os professores têm o saber e o saber-fazer e é em função deles que ajuízam a qualidade das medidas governamentais, não é em função de jogos partidários. Os professores têm uma dignidade profissional a defender, não a alienam, como outros, por lugares de poder. Os professores exercem a actividade mais respeitada em Portugal e na Europa, os membros do Governo exercem a actividade menos respeitada pelos portugueses e pelos europeus. Os professores têm autoridade profissional para exigirem o que exigem, a ministra da Educação não tem nenhuma autoridade técnica para sustentar o que sustenta.
Desde que tomou posse, esta ministra da Educação não estuda, não prepara, não ouve, não dialoga. Vive na e para a azáfama do dizer que faz. São inúmeros os textos legislativos tecnicamente mal elaborados que depois obrigam a rectificações, a correcções e a alterações que modificam por completo o texto original — para além das mudanças já realizadas na legislação sobre a avaliação de desempenho, veja-se o mais recente exemplo das transformações operadas no sistema de faltas consignado no novo Estatuto do Aluno. É um Ministério sem credibilidade e sem autoridade.
Perante tudo isto, os professores fizeram uma greve histórica, demolidora, que só os dignifica e honra. Perante tudo isto, não resta aos professores outra alternativa que não seja manterem a firmeza das suas razões. Dure a luta o tempo que tiver de durar.