A VOZ DA ÁGUA
Tão delicada
É a voz
Da água
E os seus cálices
Que não contêm nada
Eu direi
Que é a luz da luz
A nudez do silêncio
Ouves?
O centro é branco
O ar é ar
Ouves?
Ninguém canta
As veias da montanha são claras
O vaso na limpidez desaparece.
António Ramos Rosa