Fiquei hoje perplexo (isto é, não fiquei perplexo) com a notícia vinda nos jornais de que os “sindicalistas” (todos eles) defendem que haja uma legislação que obrigue os não-sindicalizados a pagar-lhes uma taxa, pois estariam a “beneficiar” da “luta” dessa gente. Ora vejamos.
1 – É óbvio que no nosso país não há sindicatos. Há grupos de militantes do PS e do PSD, que se juntaram na UGT, para aprovar as medidas anti-populares do “Centrão”. Não há proposta do actual governo que a UGT não aprove, o que é paradigmático.
1 – É óbvio que no nosso país não há sindicatos. Há grupos de militantes do PS e do PSD, que se juntaram na UGT, para aprovar as medidas anti-populares do “Centrão”. Não há proposta do actual governo que a UGT não aprove, o que é paradigmático.
E há militantes do PCP, que, com meia dúzia de PSs de “esquerda” e “independentes”, se juntam na CGTP, para fazerem manifestações de seis em seis meses, “exigindo uma política mais social por parte do governo”. Isto é, que aprovam, de facto, as medidas do governo. (Veja-se a posição dos sindicatos dos motoristas sobre a paralisação dos camiões)
Se dúvidas houvesse, mais uma vez recordo o que recentemente aconteceu com os professores, com mais de cem mil docentes na rua, mobilizados fora dos sindicatos, que, depois dos apelos do ministro dos assuntos (anti-) sociais ao secretário geral da CGTP, foram vergonhosamente traídos pela fenprof. Isto é, a cúpula dos sindicatos ordena que se chegue a um acordo (de traição), que os professores haviam recusado em massa.
(Mas, a pergunta é: de onde vieram realmente as ordens?)
2 – Como a cegueira pode dar, mas passa, os trabalhadores deste país têm-se dessindicalizado num número cada vez mais elevado, cortando o sustento a essas organizações, que para eles deixaram de ter qualquer utilidade. Pagar para ser traído?
3 – Ora, a dessindicalização, tal como a abstenção ou o voto nulo, é, na generalidade dos casos, um acto político. Se eu recentemente cortei as minhas relações com o SPGL foi porque considerei que tal organização não só não me defendeu, como, quando as condições eram propícias a que eu ganhasse uma decisiva batalha, me atacou, traindo-me.
Vou sustentar quem me traiu? Porquê? Porque vou usufruir de uma derrota? Porque vou ficar pior do que estava antes?
4 – É óbvio que nem tudo é mau, pois esta posição dos “sindicalistas” mostra que este sindicalismo de pacotilha está podre, moribundo e estrebucha, e que, como qualquer patrão, quer sugar-nos mais uns cobres para poder subsistir.
5 – Só que os tempos são contrários aos acordos de vendidos, e aquilo a que iremos assistir, mais dia menos dia, é ao aparecimentos de Sindicatos realmente representativos e realmente defensores dos interesses dos trabalhadores.
E a esses iremos pagar.
Voluntariamente.
(Mas, a pergunta é: de onde vieram realmente as ordens?)
2 – Como a cegueira pode dar, mas passa, os trabalhadores deste país têm-se dessindicalizado num número cada vez mais elevado, cortando o sustento a essas organizações, que para eles deixaram de ter qualquer utilidade. Pagar para ser traído?
3 – Ora, a dessindicalização, tal como a abstenção ou o voto nulo, é, na generalidade dos casos, um acto político. Se eu recentemente cortei as minhas relações com o SPGL foi porque considerei que tal organização não só não me defendeu, como, quando as condições eram propícias a que eu ganhasse uma decisiva batalha, me atacou, traindo-me.
Vou sustentar quem me traiu? Porquê? Porque vou usufruir de uma derrota? Porque vou ficar pior do que estava antes?
4 – É óbvio que nem tudo é mau, pois esta posição dos “sindicalistas” mostra que este sindicalismo de pacotilha está podre, moribundo e estrebucha, e que, como qualquer patrão, quer sugar-nos mais uns cobres para poder subsistir.
5 – Só que os tempos são contrários aos acordos de vendidos, e aquilo a que iremos assistir, mais dia menos dia, é ao aparecimentos de Sindicatos realmente representativos e realmente defensores dos interesses dos trabalhadores.
E a esses iremos pagar.
Voluntariamente.