Sábado: Porque é que diz que as provas de matemática são «ridiculamente simples»?
Nuno Crato:Algumas provas de matemática têm tido um número exagerado de questões demasiado fáceis, algumas ridiculamente simples, atendendo a que os alunos podem usar calculadora. Isso não é certamente um incentivo ao estudo. Nem constitui um apoio aos professores mais rigorosos, que têm feito um esforço muito grande para que os alunos progridam como devem e dominem bem os conceitos, os algoritmos e as técnicas essenciais.
Sábado: Pedro Feytor Pinto diz que há facilitismo no ensino.
Nuno Crato: A Sociedade Portuguesa de Matemática anda a dizê-lo há muitos anos. São as orientações que os teóricos da educação contratados pelo Ministério têm imprimido ao ensino. Mas talvez o mais grave nos exames seja o facto de todos os anos os conteúdos e os critérios mudarem. Este ano, os exames têm mais tempo; já no ano passado houve mais meia hora no 12º ano. Os exames não são comparáveis de ano para ano. Se nos exames deste ano se obtiverem melhores resultados, ninguém sabe o que isso significa.
Excertos da entrevista de Nuno Crato à revista Sábado (19/6/08)
Nuno Crato:Algumas provas de matemática têm tido um número exagerado de questões demasiado fáceis, algumas ridiculamente simples, atendendo a que os alunos podem usar calculadora. Isso não é certamente um incentivo ao estudo. Nem constitui um apoio aos professores mais rigorosos, que têm feito um esforço muito grande para que os alunos progridam como devem e dominem bem os conceitos, os algoritmos e as técnicas essenciais.
Sábado: Pedro Feytor Pinto diz que há facilitismo no ensino.
Nuno Crato: A Sociedade Portuguesa de Matemática anda a dizê-lo há muitos anos. São as orientações que os teóricos da educação contratados pelo Ministério têm imprimido ao ensino. Mas talvez o mais grave nos exames seja o facto de todos os anos os conteúdos e os critérios mudarem. Este ano, os exames têm mais tempo; já no ano passado houve mais meia hora no 12º ano. Os exames não são comparáveis de ano para ano. Se nos exames deste ano se obtiverem melhores resultados, ninguém sabe o que isso significa.
Excertos da entrevista de Nuno Crato à revista Sábado (19/6/08)