Títulos do Diário de Notícias (26/06/08):
Parte I
«Polícias compram fardas na candonga.»
«As equipas velocipédicas da PSP estão com um problema: se as bicicletas se avariam têm de ser os polícias a arranjá-las por sua própria conta[...] Os comandantes das divisões dizem que não têm dinheiro.»
«Subsídio para fardas há 20 anos congelado. Polícias recorrem ao endividamento por causa da farda.»
«Sem direito a horário nem a greve, as forças de segurança gozavam de uma boa assistência na saúde que o governo retirou ao familiares»
Parte II
«Sete Universidades em risco de colapso financeiro.»
«100 milhões de euros reclamados pelas universidades para suprir descontos para a Caixa Geral de Aposentações.»
Resposta do ministro das Finanças:
«Não pensem [os reitores das instituições] que basta no fim do dia apresentar a conta ao Ministério.»
É vergonhoso ler notícias deste género nos nossos jornais. Todos os dias somos confrontados com os inúmeros buracos que o manto do marketing governamental pretende ocultar. Anuncia-se a distribuição de computadores a pontapé e não há dinheiro para as fardas, anuncia-se o gasto de milhões no TGV Lisboa-Porto (que ninguém explica qual a utilidade e o interesse do mesmo) e não há dinheiro para arranjar as bicicletas dos polícias ou para as Universidades. Até hoje, foram três anos a aumentar impostos, a cortar em direitos sociais e em despesas essenciais, para, agora, se anunciarem obras faraónicas. A juntar a este desgoverno, vem o ministro das Finanças responder com grosseria e arrogância desmedidas.
Dizia, hoje, um simpático aposentado, na mesa do café ao lado da minha, a comentar o aumento dos impostos e a infindável lista de cortes nos direitos sociais: «Pois, assim, também eu! Eles baixaram o défice para mais de metade? Está bem, mas, assim, também eu! Olhò caneco! Se, em minha casa, passarmos a comer metade das refeições, passarmos a deixar de ir ao médico, passarmos metade da semana com a luz apagada, passarmos a tomar banho uma vez por semana, assim, até a minha reforma vai sobrar! Deixo de ter défice em casa! Olhò caneco! No tempo da outra «senhora» também não havia défice, mas o povo vivia na miséria. Assim, também eu! Olhò caneco!»
Olhò caneco!, dizemos todos, meu amigo.
Parte I
«Polícias compram fardas na candonga.»
«As equipas velocipédicas da PSP estão com um problema: se as bicicletas se avariam têm de ser os polícias a arranjá-las por sua própria conta[...] Os comandantes das divisões dizem que não têm dinheiro.»
«Subsídio para fardas há 20 anos congelado. Polícias recorrem ao endividamento por causa da farda.»
«Sem direito a horário nem a greve, as forças de segurança gozavam de uma boa assistência na saúde que o governo retirou ao familiares»
Parte II
«Sete Universidades em risco de colapso financeiro.»
«100 milhões de euros reclamados pelas universidades para suprir descontos para a Caixa Geral de Aposentações.»
Resposta do ministro das Finanças:
«Não pensem [os reitores das instituições] que basta no fim do dia apresentar a conta ao Ministério.»
É vergonhoso ler notícias deste género nos nossos jornais. Todos os dias somos confrontados com os inúmeros buracos que o manto do marketing governamental pretende ocultar. Anuncia-se a distribuição de computadores a pontapé e não há dinheiro para as fardas, anuncia-se o gasto de milhões no TGV Lisboa-Porto (que ninguém explica qual a utilidade e o interesse do mesmo) e não há dinheiro para arranjar as bicicletas dos polícias ou para as Universidades. Até hoje, foram três anos a aumentar impostos, a cortar em direitos sociais e em despesas essenciais, para, agora, se anunciarem obras faraónicas. A juntar a este desgoverno, vem o ministro das Finanças responder com grosseria e arrogância desmedidas.
Dizia, hoje, um simpático aposentado, na mesa do café ao lado da minha, a comentar o aumento dos impostos e a infindável lista de cortes nos direitos sociais: «Pois, assim, também eu! Eles baixaram o défice para mais de metade? Está bem, mas, assim, também eu! Olhò caneco! Se, em minha casa, passarmos a comer metade das refeições, passarmos a deixar de ir ao médico, passarmos metade da semana com a luz apagada, passarmos a tomar banho uma vez por semana, assim, até a minha reforma vai sobrar! Deixo de ter défice em casa! Olhò caneco! No tempo da outra «senhora» também não havia défice, mas o povo vivia na miséria. Assim, também eu! Olhò caneco!»
Olhò caneco!, dizemos todos, meu amigo.