domingo, 7 de abril de 2013

A seriedade política que não existe

Passos Coelho não é politicamente sério. Desde que se tornou líder do PSD, Passos Coelho engana recorrentemente os portugueses. Hoje, na comunicação que fez ao país, voltou a revelar uma confrangedora falta de seriedade. Dizer aos portugueses que a culpa da situação que vivemos é do Tribunal Constitucional, por ter declarado ilegais quatro normas do Orçamento, é o mesmo que dizer que a culpa não é de quem comete o crime, mas é do tribunal que condena o criminoso. 
Procurar virar a realidade ao contrário não é sério. Procurar atribuir aos outros culpas que são suas não é sério. Furtar-se às responsabilidades não é sério.
Tivemos seis anos em que esta prática era corrente. Temos agora mais dois anos em que esta prática prossegue. Sócrates e Passos Coelho, para além da destruição que fizeram do país, dizimam a credibilidade do exercício da política, cujo exercício honesto é condição necessária, ainda que não suficiente, para que haja alguma esperança no futuro. 
A nossa verdadeira ruína está na elite política que temos tido e continuamos a ter.