Os novos tempos preparam-se na penumbra dos tempos que o presente efémero vai tornando velhos. Da preparação de um novo tempo vão surgindo sinais, esboços, rascunhos que a vida se encarrega de confirmar e desenvolver ou destruir. Estamos, neste momento, a viver esse tempo de gestação.
À medida que se torna evidente para quase todos a mediocridade de ideias e de intenções da elite que domina o país, torna-se também evidente que é necessário operar a mudança.
À medida que se torna evidente para quase todos a mediocridade de ideias e de intenções da elite que domina o país, torna-se também evidente que é necessário operar a mudança.
Vivemos na infindável repetição de «soluções», que trimestralmente se revelam e reconfirmam como inúteis. Vivemos no sacrifício permanente, no desemprego crescente, na miséria galopante. Vivemos a escutar o mesmo discurso cansado, estafado, desmembrado, mentiroso.
Um enorme muro foi erguido entre nós e a vida.
Continuar a aceitar isto é impossível.