Ontem, ficámos a saber que o Ministério da Educação fez publicar 35 artigos na primeira página do caderno de anúncios do Jornal de Notícias, sem que surgisse a indicação de que se tratava de publicidade paga nem a referência à origem da informação.
Questionada, no parlamento, sobre a confusão que um leitor poderia fazer sobre a natureza desses artigos, isto é, se se tratavam de textos informativos ou propagandísticos, a ministra da Educação respondeu que não via motivos para qualquer confusão porque esses textos estavam inseridos no suplemento de anúncios do jornal.
É claro que o leitor atento e habituado a ler esse jornal poderá ter menos possibilidades de ficar com dúvidas, contudo, quem não for conhecedor desse diário ou for leitor menos meticuloso pode, com facilidade, pensar tratar-se de artigo jornalístico.
Proceder de modo a que este engano possa ocorrer é, só por si, inaceitável e condenável, mas acresce que, nesta questão, há dois aspectos que não deveriam ser, sequer, objecto de discussão:
1. Qualquer publicidade paga com o dinheiro dos contribuintes (neste caso, cerca de 35 mil euros) tem de ser, obrigatoriamente, transparente quanto à sua natureza e origem;
2. A publicidade paga com o dinheiro dos contribuintes tem de ser exclusivamente informativa e nunca apologética, como foi o caso.
Quando há seriedade política é assim que se faz. Quando não há seriedade política, não se faz assim, faz-se de outra maneira...
Questionada, no parlamento, sobre a confusão que um leitor poderia fazer sobre a natureza desses artigos, isto é, se se tratavam de textos informativos ou propagandísticos, a ministra da Educação respondeu que não via motivos para qualquer confusão porque esses textos estavam inseridos no suplemento de anúncios do jornal.
É claro que o leitor atento e habituado a ler esse jornal poderá ter menos possibilidades de ficar com dúvidas, contudo, quem não for conhecedor desse diário ou for leitor menos meticuloso pode, com facilidade, pensar tratar-se de artigo jornalístico.
Proceder de modo a que este engano possa ocorrer é, só por si, inaceitável e condenável, mas acresce que, nesta questão, há dois aspectos que não deveriam ser, sequer, objecto de discussão:
1. Qualquer publicidade paga com o dinheiro dos contribuintes (neste caso, cerca de 35 mil euros) tem de ser, obrigatoriamente, transparente quanto à sua natureza e origem;
2. A publicidade paga com o dinheiro dos contribuintes tem de ser exclusivamente informativa e nunca apologética, como foi o caso.
Quando há seriedade política é assim que se faz. Quando não há seriedade política, não se faz assim, faz-se de outra maneira...