Na última página do jornal "Público" de ontem, Valter Lemos era aconselhado a experimentar dar umas aulas a turmas onde ocorrem facilmente graves situações de indisciplina. O homem não precisa de tal experiência. Para ele, o problema da violência na escola simplesmente não existe ... porque vem sempre de fora (dos bairros, das famílias, etc). Para ele a escola dispõe de todos os meios. E, felizmente, a escola tem-no a ele e à sua equipa, que cuidam disto tudo.
Valter Lemos, à imagem e semelhança da sua Chefe, já demonstrou que se pode alterar as regras do "Bridge" à luz da experiência dos praticantes da "bisca lambida" ... ou da "lerpa". Basta ter poder, neste país com a forma de um caixão, como diz B. Bastos em "Elegia para um caixão vazio" (quando será que o caixão deixa de estar vazio?! ).
A última edição da revista "sábado" dedica-se ao relato de situações de violência contra professores, em que, nalguns casos, a agressão verbal é de tal calibre que as reticências substituem as sílabas em falta. Apenas uma sugestão: chamem o Valter, que ele resolve e põe na ordem os responsáveis do costume. Aliás, quando começar a avaliá-los eles depressa melhoram o seu comportamento com os alunos. Estes, já não terão tantos motivos para serem violentos. E todos darão graças por terem Valter.