O discurso de Passos foi uma náusea. Mal escrito, mal lido, estruturalmente atamancado e com um conteúdo abjecto.
Não vale a pena perdermos tempo na análise do que Passos diz. O que ele diz é o reflexo do que ele pensa, e Passos pensa pouco e mal. Ideologicamente fossilizado e culturalmente exíguo, Passos não precisa de falar, para nós sabermos o que ele quer e vai dizer. Passos tem uma só missão e uma só capacidade: destruir. Desde que chegou ao poder, só destruiu. Passos não sabe construir.
Sofrendo de cegueira política, movido por uma obsessão e por um fanatismo, Passos não se distingue, no essencial, de um talibã: como talibã, não tem vergonha do que faz; como talibã, destrói o país e destrói pessoas, sem remorso.
Ora com um fanático não se dialoga, porque ele não tem a noção da alteridade. Vive apenas na e para a sua obsessão. O mundo começa e acaba nele. Com um fanático não se conversa, porque não há conversa possível. O fanatismo é uma doença mental. Mas quando a doença é de natureza política, o fanático não pode ser internado. Só pode ser destituído.