«Adam Smith, pai da economia moderna, defendia que as actividades privadas de interesse pessoal conduziriam, como se de uma mão invisível se tratasse, ao bem-estar de todos. Como consequência da crise financeira, hoje ninguém pode defender que as actividades privadas de interesse pessoal dos banqueiros conduziram ao bem-estar de todos. No máximo, conduziram ao bem-estar dos banqueiros, com o resto da sociedade a suportar os custos.. [...]
Os mercados por si só não costumam obter resultados eficientes e desejáveis, e por isso o Estado tem o dever de corrigir estas falhas dos mercados, ou seja, de criar políticas (impostos e regulações) que alinhem os incentivos privados e os retornos sociais. (Claro que existe alguma discordância em relação à melhor forma de o fazer. Mas hoje poucos acreditam em mercados financeiros livres de restrições — as suas falhas impõem um custo grande demais para o resto da sociedade — ou em deixar as empresas dispor do ambiente sem limitações).»